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A dança das cadeiras olímpica dos 100m peito masculino no Brasil iniciou um ciclo em 2004 que não terminou até hoje.
Naquele ano, Eduardo Fischer foi o único a alcançar o índice olímpico. Henrique Barbosa terminou, arrasado, a um mísero décimo de segundo da marca.
Em 2008, a oportunidade olímpica de Henrique chegou, e Fischer, mesmo com índice, teve que dar lugar a Felipe França, com melhor tempo. Naquela ocasião, Felipe Lima também fez índice e também ficou fora dos Jogos.
Em 2012, foi a vez de Lima chegar. Garantiu a segunda vaga olímpica, atrás de França, e à frente de Henrique Barbosa. E também de João Gomes Junior, que tinha o segundo tempo até a última seletiva.
Agora, como já virou tradição, aquele que se frustra quatro anos antes vem com tudo para a seletiva da Olimpíada seguinte.
João Gomes não só supera a decepção de 2012, como faz o segundo tempo do mundo (59s06 nas eliminatórias).
E isso não é pouca coisa: seletivas como a britânica (dos medalhistas mundiais Adam Peaty e Ross Murdoch), sul-africana (do campeão olímpico Cameron van der Burgh), australiana, francesa, chinesa e japonesa já aconteceram.
É uma melhora de quase um segundo de sua melhor marca anterior. Supera com sobras a não classificação de 2012 e a suspensão por doping em 2014 por um suplemento contaminado. Hoje, tudo isso faz parte do passado.
França, com 59.36, garante sua terceira Olimpíada. Ele, que em todas as apostas era tido e havido com a primeira vaga indiscutível, tem um rival à altura dentro do país. Para brigar por medalha olímpica, João e França terão um ao outro como fator motivante.
O jovem Pedro Cardona, com 59.77 (tempo da eliminatória), mostrou evolução incrível. Ficou a pouco da vaga olímpica. Mas a tradição mostra que o derrotado de hoje voltará com tudo daqui quatro anos. No caso de Pedro, ninguém duvida disso.
E a prova foi tão forte que Felipe Lima, medalhista da prova no Mundial de 2013, terminou com o quarto tempo, fora da Olimpíada.
Até ofuscou o grande nível dos 100m borboleta feminino, primeira prova feminina da história do Brasil com três índices individuais. Se garantiram Daiene Dias (58.04) e Daynara de Paula (58.38).
Etiene Medeiros (58.42) nadou a eliminatória só para quebrar o gelo e, como se fosse coisa rotineira, fez mais um índice para sua coleção (já tem nos 50m e 100m livre, e tem grandes chances nos 100m costas amanhã).
Nos 400m medley, Joanna Maranhão, pela segunda vez na carreira, nada abaixo de 4:40 (4:38.66) e ratifica o índice. Assim como Brandonn Almeida no masculino, com 4:14.63, segunda melhor marca de sua vida. Luiz Altamir não repetiu o índice nos 400m livre mas será o representante. Miguel Valente, o vencedor com 3:51.62, saiu feliz com o tempo e considera ter boas perspectivas nos 1500m livre.
Mas o maior destaque mesmo foi os 100m peito. Cinco índices (além dos citados, Raphael Rodrigues, na quinta posição, também fez a marca) e três abaixo do minuto, único país do mundo a atingir tal feito em 2016.
O mais forte 100m peito do mundo.
Por Daniel Takata
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