Após três etapas realizadas na Copa do Mundo da Fina em piscina curta não temos nenhuma novidade na categoria feminina. A húngara Katinka Hosszu, atual tetracampeã do circuito, lidera com folga e tem 237 pontos de vantagem para Jeanette Ottesen, a segunda colocada. Já no masculino sim. O russo Vladimir Morozov tem 34 pontos de vantagem para Chad Le Clos, que foi bicampeão da Copa do Mundo em 2014 e 2015. Uma surpresa, principalmente pela campanha de Morozov no Rio-2016.
O russo chegou aos Jogos Olímpicos considerado como um dos favoritos a medalha nas provas de velocidade. Dias antes, porém, ele acabou sendo incluído na lista de atletas russos suspeitos de doping e perdeu o direito de nadar no Rio de Janeiro. Após apelar e ter seu recurso aceito, Morozov conseguiu disputar os Jogos. O desgaste emocional em saber se poderia nadar ou não pode ter sido uma das razões para o fraco desempenho de Morozov. No Rio-2016 ele parou nas semifinais nos 50m e 100m livre e terminou em quarto lugar com os revezamentos 4x100m livre e 4x100m medley.
Após essa participação ruim a Copa do Mundo de piscina curta surge como uma ótima oportunidade para dar a volta por cima. E ele vem conseguindo de forma brilhante. No primeiro giro do circuito (etapas de Paris-Charthes, Berlim e Moscou) ele conquistou 18 medalhas (14 de ouro, duas de prata e duas de bronze), bateu duas vezes o recorde mundial nos 100m medley e já acumulou US$ 88,5 mil de premiação entre pódios, recordes e por ser o melhor nadador desta primeira parte da Copa.
Morozov tem bom retrospecto em eventos de piscina curta. Disputou os últimos dois campeonatos mundiais em Istambul-2012 e Doha-2014 e soma sete medalhas, tendo sido campeão dos 50m e 100m livre em 2012. O velocista também já subiu ao pódio 15 vezes no Europeu de curta e é o atual recordista dos 100m medley. Vale lembrar que ele também foi campeão universitário nos Estados Unidos na piscina de curta, mas em jardas.
A Copa do Mundo pode significar um recomeço para a Morozov após a participação discreta no Rio-2016. O título do circuito, além da gorda premiação, pode motivá-lo para o Campeonato Mundial de curta em Windsor no fim do ano e para a sequência do ciclo olímpico visando Tóquio-2020.
Por Guilherme Freitas
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