Bruno Fratus, 26anos, não tem medo de ser autêntico e sabe que, após a conquista de sua primeira medalha em Mundiais, um bronze nos 50 m livre, a pressão e o assédio vão aumentar, principalmente com a combinação Cesar Cielo se recuperando de lesão no ombro mais o crescimento de suas performances na prova mais rápida da natação. Mentalmente, enquanto conta de 40 a 43 braçadas, sem respirar, de preferência, Fratus vai desenhando o plano para 2016.
Com uma tatuagem na clavícula, feita após uma lesão no local em 2013, Fratus carrega as Olimpíadas até na pele, com o lema Citius, Altius, Fortius, que em latim significa “mais rápido, mais alto, mais forte”. E para 2016, ele espera transformar esse sonho e desenho em um objeto para guardar também para sempre: uma medalha olímpica.
Mas o promissor nadador também quer se dedicar aos seus cachorros, Harrison e Carlos, à mulher, Michelle, e à família. Após descansar e “esfriar a cabeça”, Fratus volta para os Estados Unidos e inicia a sua preparação visando o Troféu Open de Palhoça (SC), em dezembro. A competição será uma das duas que a CBDA vai considerar para validação do índice olímpico.
Como é nadar abaixo de 22s, mesmo que seja em uma competição nacional? Isso te ajuda nas disputas maiores que vem por aí?
É muito positivo e dá muita confiança e tranquilidade de que estamos no caminho certo. Tem muitos aspectos que preciso melhorar e vou intensificar esses pontos a partir de setembro, nos treinos nos EUA [Fratus é orientado pelo treinador Brett Hawke, da Universidade de Albany).
Como é ganhar uma medalha mundial na prova que você mais gosta de nadar?
Aquela sensação de Kazan [Mundial de Kazan] é algo que ainda não consigo descrever. Foi muito mágico. Na hora que levantei a cabeça da água e vi meu tempo, 21s55, que foi pouca coisa de diferença parao Manadou, que é o cara hoje a ser batido nos 50 m livre, me deu uma alegria e também a serenidade de que venho traçando um caminho para crescer mais.
E o Cielo? O quanto ele representa de ameaça nos 50 m livre para você?
O Cesão é muito meu amigo e claro que é um dos atletas mais temidos nas piscinas. Ele está em uma fase de lesões, mas tenho certeza que vai se recuperar e vai ter briga boa nas seletivas olímpicas. E, se tudo der certo, lá no Rio, vai cada um para sua raia e atrás da medalha.
Além da sua melhora física, o Brett já disse que quer melhorar a sua saída e também te fortalecer mentalmente. Como tem sido esse trabalho?
Ele ensina os atletas a espremer o seu melhor, potencializar o que é de mais forte. E a largada vai ser o ponto que vamos pegar mais pesado. Vamos treinar a mecânica, o arranque e a velocidade.
O que tem mudado na sua alimentação para turbinar a performance?
Você é o que come. Por isso, tenho tentado comer o melhor que eu posso. Priorizo basicamente nada que tenha um código de barras. Faz alguns anos que só como alimentos orgânicos e sinto uma diferença muito grande na disposição para treinar e competir.
O que te ajuda a relaxar a cabeça fora d’água?
Minha família. Nada melhor do que ficar com minha mulher, Michelle, e meus cachorros.
O que vai fazer pós-Finkel?
Eu preciso tirar uns dias para relaxar a cabeça. Nas últimas semanas, o que mais vi foi paisagem de avião. Quero levar meus cachorros, o Harrison e o Carlos, para passear no lago… ficar em família. A Michelle ainda foi para Kazan, mas agora precisamos de um tempo sem falar em piscina.
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