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Após um conturbado segundo semestre recheado com denúncias e liminares, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) já sabe quem serão os candidatos à sucessão do atual presidente Coaracy Nunes Filho, que deixará o comando da entidade após 29 anos. Pela primeira vez desde a eleição de Coaracy, em 1988, teremos uma disputa entre duas chapas. Nas outras vezes, ele sempre foi eleito por aclamação.
A grande surpresa é a chapa de situação. Há algum tempo, Ricardo de Moura vinha sendo anunciado como candidato e se comportava como tal viajando pelo país para divulgar seus projetos. Porém, as denúncias de fraude e desvio de recursos acabaram afetando seu planejamento. Assim como Coaracy, ele foi afastado de suas funções pelo Ministério Público Federal de São Paulo e só retornou ao posto na semana passada.
Com todo este desgaste, Moura deixou o posto de candidato da situação, que agora será ocupado pelo presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos, Sérgio Silva. Incialmente, ele seria o vice de Moura, mas com todo o desgaste foi alçado ao posto de candidato à presidência. O presidente da Federação Aquática de Santa Catarina, Marcelo Amim, será o vice.
Já a oposição, que havia registrado sua candidatura na semana passada, terá como candidato Miguel Carlos Cagnoni. Presidente da Federação Aquática Paulista desde 1994, Cagnoni já havia manifestado sua vontade de concorrer ao cargo há muito tempo e iniciado sua campanha que conta com o apoio de algumas federações e membros da comunidade aquática oposicionistas da atual direção da CBDA. No posto de vice-presidente teremos Luiz Fernando Coelho, presidente da Federação Aquática Pernambucana.
Agora, com as chapas e candidatos definidos, é necessário esperar a assembleia da CBDA definir as atividades para 2017. De acordo com o estatuto, a eleição precisa acontecer até o primeiro trimestre do ano que vem.
Por Guilherme Freitas
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