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Por meio de comunicado divulgado hoje para a imprensa, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou que todas as atividades das cinco modalidades dos esportes aquáticos no país estão paradas por tempo indeterminado.
A entidade alega que o motivo dessa paralisação se deve ao pedido do Ministério Público Federal, que foi acatado pela Justiça Federal em São Paulo, pelo afastamento do presidente Coaracy Nunes Filho e outros três dirigentes da CBDA. Dessa forma, as competições estão suspensas, assim como possíveis renovações de contratos de patrocínio.
O próximo campeonato de natação a ser organizado pela CBDA é o Torneio Open e Troféu Daltely Guimarães (Campeonato Brasileiro Sênior) que são disputados de forma simultânea. Os eventos estão marcados para os dias 20 a 23 de novembro em Palhoça (SC). Confira abaixo na integra a nota da entidade:
Alerta à comunidade dos Esportes Aquáticos do Brasil
Acima de tudo, a verdade. Antes de tudo, o esporte.
Sob a acusação de irregularidades em um convênio firmado entre a CBDA e o Ministério dos Esportes, em 2014, o Ministério Público de São Paulo pediu o afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos, além de três outros dirigentes. O pedido foi acatado pela Justiça Federal em São Paulo. Nada ainda foi apurado e em nenhum momento foi permitido que a CBDA prestasse esclarecimentos. O inquérito foi todo conduzido à revelia da CBDA. Com esta medida os cincos esportes aquáticos envolvidos pararam. E tudo isso, justo no momento em que eram estudadas as possíveis renovações de contratos de patrocínio.
Sob ordem judicial, estão com dificuldades de movimentação as contas bancárias, cessados os pagamentos, suspensos os eventos. Até segunda ordem, por questões financeiras, não irão acontecer os Campeonatos Nacionais dirigidos pela CBDA nos cinco esportes aquáticos. Não irão receber seus salários os funcionários.
Se existe algum tipo de irregularidade, é muito importante que tudo seja esclarecido e seja dado amplo direito de defesa. Se não existir nenhum dolo, que as coisas continuem, após a devida retratação dos que acusaram sem razão. Diante do esporte, isso é secundário. Mas, pelo bem do Brasil e de quem se dedica às modalidades, que se dê continuidade aos processos e rotina de uma das mais vitoriosas confederações brasileiras.
Não é justo que cinco esportes olímpicos sejam punidos por qualquer que seja a questão política, burocrática ou judicial. É incalculável a perda e o retrocesso que isso representa, pois não é saudável que atletas, técnicos, organizadores e promotores sejam impedidos de exercer suas atividades por uma acusação que pode não ser verdadeira.
Espera-se que a justiça, sempre atenta, mas nem sempre tão rápida, consiga entender a gravidade do momento e que, sensibilizada pela questão, decida o quanto antes como dar sequencia aos campeonatos de esportes aquáticos de agora em diante. Porque o esporte precisa. E ele tem que continuar.
Por Guilherme Freitas
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