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Daniel Dias: o mito!

Atualizado em 20 de setembro de 2016
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Chegou ao fim a 15ª edição dos Jogos Paralímpicos e, mais uma vez, Daniel Dias foi o grande nome de toda a competição ao ser o paratleta mais medalhado do evento. Daniel terminou sua campanha no Rio-2016 na liderança do pódio, empatado com o também nadador Ievgenii Bogodaiko, da Ucrânia. Na piscina do Olympic Aquatic Stadium, o brasileiro conquistou nove medalhas, sendo quatro de ouro, três de prata e duas de bronze.

Se dentro d’’água Daniel não bateu nenhum recorde mundial, fora d’a piscina ele atingiu uma marca histórica. Com o resultado do Rio-2016, o nadador chegou a 24 medalhas paralímpicas e conquistou mais um recorde: tornou-se o maior medalhista da história da natação paralímpica entre os homens, superando o australiano Matthew Cowdrey.  A recordista no geral é uma americana, Trischa Zorn, que ganhou 55 medalhas em sete Paralimpíadas.

Daniel foi brilhante em suas quatro vitórias no Rio-2016. A primeira veio nos 200m livre onde ele sobrou, não dando chance aos rivais e ficando a apenas cinco centésimos do recorde paralímpico. Outra vitória muito superior aos adversários veio nos 100m livre com mais de quatro segundos de vantagem para o vice-campeão. Já nos 50m livre e 50m costas ele também sobrou e venceu sem dificuldades. Poderiam ser cinco ouros já que o nadador perdeu o ouro na chegada dos 50m peito para o chinês Junsheng Li.

 

Daniel Dias em ação - Foto: AFP Photo

Daniel Dias em ação – Foto: AFP Photo

 

Nos revezamentos Daniel também foi preciso. No 4x50m livre misto 20 pontos ele pode ter o prazer de dividir o pódio com seu grande ídolo Clodoaldo Silva. Foi graças a performance do Tubarão das piscinas em Atenas-2004 que Daniel começou a nadar. A prata neste revezamento foi a despedida perfeita para Clodoaldo que anunciou sua aposentadoria. Nos 4x100m livre 34 pontos (prata) e 4x100m medley 34 pontos (bronze) ele mostrou como é fora de série ao ser o único classe S5 a nadar as finais contra atletas de classe mais alta e que consequentemente são mais rápidos.

São 24 medalhas paralímpicas, dois tricampeonatos nos 100m e 200m livre e dono de dois Prêmios Laureus.  Maior paratleta do Brasil e o maior nadador em Jogos Paralímpicos. E que pode seguir ampliando seus feitos em Tóquio-2020.

Por Guilherme Freitas