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Hoje ele tem o décimo tempo das duas últimas temporadas. Em 2008, era um jovem que, amigo de longa data de César Cielo, viu o companheiro fazer história e admitiu sentir-se deslumbrado com o que é um evento do tamanho da Olimpíada. Guilherme Guido, aos 29 anos e mais maduro, sabe da sua capacidade de chegar a uma final dos Jogos do Rio nos 100m costas – mesmo com a forte rivalidade dos americanos, últimos a conseguirem a classificação pela seletiva do país.
O nadador paulista domina a prova no cenário sul-americano há algum tempo, e renovou em 2015 o seu recorde continental: 53s09. A marca tem condições de lhe garantir um lugar entre os 8 melhores dos Jogos, mas seria necessário nadar na casa dos 52s para sonhar com o pódio. E Guido está longe de não acreditar neste sonho.
Confira o bate-papo com o atleta:
Swim Channel: Você foi um dos raros atletas brasileiros a conseguir figurar no top 10 do mundo neste ano na sua prova, e já tem uma longa experiência na carreira, um veterano da seleção. Por que 2016 pode ser o seu ano?
Guilherme Guido: Estou em uma progressão bem grande na minha prova. Depois de seis anos, baixei meu tempo e bati o meu próprio recorde sul-americano. Acredito que quanto mais vezes eu nadar para 53s baixo, mais perto dos 52s eu estou. Por essa razão acredito que 2016 possa ser o ano em que quebro essa barreira e consequentemente entraria para a final olímpica!
SC: Imagino que você tenha acompanhado as seletivas americanas, com o atual campeão Matt Grevers fora dos 100m costas, e três nadadores pra casa dos 52s. Te surpreendeu?
GG: Não me surpreendeu, pois historicamente sabemos que o US Trials é sempre muito forte, inclusive sendo mais forte que a Olimpíada. Acompanhei a prova e estava acreditando na quebra do recorde mundial vindo de Ryan Murphy. Não aconteceu, e acho difícil acontecer no Rio.
SC: Como você vê o cenário dos 100m costas no mundo hoje? Ao mesmo tempo que tivemos atletas batendo na trave do recorde mundial, ele continua intocado.
GG: O recorde é bem forte e quem o detém é nada mais, nada menos que Aaron Peirsol (51s94, feito em 2009). Creio que o pódio olímpico dos 100m costas vai ser na casa dos 52s baixo. Final olímpica dando raia das pontas com 53s10.
SC: Como você vê as chances do revezamento de estilo do Brasil?
GG: Acredito que vamos chegar na nossa melhor forma, mas não posso garantir o desempenho dos outros integrantes. Estamos em casa e com a torcida a nosso favor, isso vai ajudar muito o nosso time na hora de nadar uma final!
SC: Você tem o sonho de conquistar uma medalha individual? Acredita que será possível?
GG: Sim, quando comecei a nadar meu sonho era chegar a uma Olimpíada e consegui atingi-lo em 2008. Errei um pouco e me deslumbrei com esse sonho, ficando admirado com a estrutura de um evento deste porte. Hoje, tenho mais experiência e tenho convicção de que posso chegar a uma final olímpica. Estando na final, quem errar menos sobe ao pódio. Da raia 1 à raia 8 todos têm chance.
SC: Sei que você é grande amigo do Cesar Cielo, moraram juntos por um período, se conhecem desde a infância… Como você vê essa seleção brasileira renovada e, no papel, a mais forte da história, mas sem seu único campeão olímpico?
GG: O Cesar fez muito para o nosso esporte, sempre foi um grande ídolo e ajudou muito a natação a crescer, me fez acreditar que tudo isso é, sim, possível. O difícil não é chegar, e sim se manter no topo, e ele se manteve por 8 anos! Uma pena ele não estar presente nesses Jogos, mas tenho certeza que estamos indo com a melhor delegação que o Brasil poderia formar. Vamos fazer historia!
Por Mayra Siqueira
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