Parecia até que a maratona aquática masculina fora disputada em duas provas diferentes. Uma, com um protagonista liderando e abrindo vantagem a cada braçada sem pensar no amanhã e outra, com diversos nadadores emparelhados na hora de entrar na reta final. Os 10 km de natação em águas abertas disputados na Praia de Copacabana tiveram esse roteiro, com o australiano Jarrod Poort sendo o foco das atenções nos primeiros 8 km de prova.
Poort adotou uma estratégia ousada. E bote ousadia nisso. Nadando num ritmo frenético e extremamente forte, ele abria larga vantagem para os demais a cada braçada. Em determinados momentos da prova, chegou a abrir mais de 1 minuto de frente para os rivais em uma modalidade conhecida por ter diferenças mínimas e sempre proporcionar chegadas apertadas em grandes eventos. A tática suicida do australiano começou a se mostrar falha na última volta quando foi literalmente atropelado pelos demais e sentiu o esforço do início da prova. Terminou em 22º lugar.
Se Poort arriscou tudo e se deu mal, Spiros Gianniotis e Ferry Weertman traçaram estratégias mais conservadoras para chegarem inteiros ao fim do trajeto. Ambos sempre estiveram nos pelotões dos líderes segurando o gás para o último sprint. E foi isso que aconteceu com o experiente grego entrando na reta final na primeira colocação com o holandês em seu encalço. A poucos metros do pórtico, Weertman emparelhou com Gianniotis. Pelas imagens, pareceu que o grego chegou a frente, mas errou o primeiro toque na placa enquanto o holandês bateu com firmeza. Após demora do photo finish, foi confirmada a vitória de Weertman. A luta pelo pódio foi também intensa, com muitos nadadores lado a lado lutando pela medalha de bronze. Melhor para o francês Marc-Antoine Olivier, que conseguiu tocar a frente do chinês Lijun Zu e do americano Jordan Wilimovski.
O brasileiro Allan do Carmo fez uma boa prova, sempre nadando próximo aos líderes. Ele fechou a primeira volta na 12ª posição, subiu para o 7º posto na segunda e terminou a terceira em 9º. Na última volta, porém, perdeu contato com o pelotão da frente e não conseguiu mais se recuperar, fechando sua participação olímpica no 17º lugar. Vale lembrar que o melhor resultado do Brasil nas águas abertas masculina continua sendo o 14º lugar de Allan em Pequim-2008.
Com esse resultado, a Holanda foi o grande país da maratona aquática, vencendo no feminino com Sharon van Rouwendaal e no masculino com Ferry Weertman. Outros países que também subiram ao pódio foram a Itália, Grécia, França e Brasil, com a histórica medalha de bronze de Poliana Okimoto nos 10 km feminino. Os eventos de esportes aquáticos ainda não terminaram, pois ainda teremos provas de saltos ornamentais, nado sincronizado e as fases finais do polo aquático masculino e feminino.
Por Guilherme Freitas
A equipe Swim Channel na cobertura dos Jogos Rio 2016 e? patrocinada pela Mormaii, a maior marca de esportes aquáticos do Brasil
A cidade de São Paulo foi palco no sábado, dia 9 de julho, do MOV…
A cidade de São Paulo foi palco no domingo, dia 10 de julho, da Eco…
Saiba como você pode melhorar (ainda mais) o seu tempo na meia-maratona
A cidade de São Paulo será palco no dia 10 de julho da Eco Run,…
A Eco Run chegou a Salvador no último domingo, dia 3 de julho, com a…
A Up Night Run é mais do que uma corrida, é a proposta de uma…