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A semana começou com duas perdas sentidas e também despedidas emocionadas para o mundo aquático: a britânica Fran Halsall, e o americano David Plummer. A velocista somou uma década na elite do esporte e, em um sincero texto ao anunciar que deixa a natação competitiva, admitiu passar pelo que muitos atletas acabam criando identificação: ela disse que anunciar uma aposentadoria no esporte é algo estranho, uma vez que nunca foi uma carreira ou um emprego para ela.
“Apenas um hobby que eu amo praticar e no qual aconteceu que eu fosse boa”, resumiu ela. Em sua conta no Twitter, Halsall agradeceu a todos os profissionais que investiram dinheiro, conhecimento e sabedoria em sua jornada nas piscinas.
Nas suas palavras, a britânica abordou um tema que é até hoje tão delicado para os que dedicam tantos anos de sua vida a uma carreira competitiva. O medo de saber o que virá após deixar a rotina que envolveu todos os aspectos da vida de atleta é muito presente. E muito tocante.
Como foi o relato de Plummer, em um bonito texto publicado pelo Swim Swam. Viveu o sonho de qualquer atleta apenas aos 30 anos de idade, ao conseguir a classificação para o Rio-2016, onde terminou sua participação com o bronze nos 100m costas. Quatro anos antes, ele bateu na trave por 12 centésimos, ficando em terceiro na seletiva norte-americana e, consequentemente, fora dos Jogos de Londres.
“Foi uma decisão muito difícil de tomar. Me entendo por nadador desde os cinco anos de idade, mas cheguei à conclusão de que não quero mais fazer isso. Na maior parte da minha vida eu quis nadar o mais rápido possível mais do que quis respirar. Eu não quero mais isso. Nunca deixarei de amar a natação e sei que sentirei falta de competir. Nosso esporte é um dos mais desafiadores do mundo”, disse Plummer, agradecendo a família, staff e amigos.
Por toda sua carreira, Plummer teve rivais dificílimos em sua prova , dominada pelos americanos desde os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996: Ryan Murphy, Aaron Piersol e Matt Grevers foram citados em sua carta.
Diferentemente do novato olímpico Plummer, Halsall participou de três edições olímpicas pela Grã-Bretanha, entre 2008 e 2016. Ela se aposenta sem medalhas olímpicas, com sua melhor colocação no Rio, aos precoces 26 anos, com um quarto lugar, a dois centésimos do pódio e a seis da medalha de ouro – que acabou com Pernille Blume, da Dinamarca.
Fran Halsall se aposenta com três medalhas em Mundiais de Piscina Longa e seis em curta. Já David tem dois pódios no Rio-2016: o bronze no 100m costas e ouro no 4x100m medley, com os Estados Unidos; além de duas medalhas em Mundiais, um ouro e uma prata.
Por Mayra Siqueira
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