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Nesta terça-feira (11 de março), a equipe brasileira de natação deixou os Jogos Sul-Americanos, em Santiago, no Chile. E além de levar na bagagem 18 medalhas de ouro em 37 provas disputadas, descobriu um novo aspirante a ídolo do esporte. Com apenas 17 anos, Matheus Santana correspondeu as expectativas e venceu a final dos 100 m livre com 49s13 (oitavo melhor tempo do ano no mundo), e superou a melhor marca de Cesar Cielo na modalidade em 2014 (49s80, no GP de Orlando, nos Estados Unidos).
O tempo obtido teria sido suficiente para lhe dar o bronze no último Mundial Juvenil, em Dubai, competição em que o carioca foi cortado devido a complicações com o diabetes, problema que o atrapalha desde os 8 anos. Recuperado, o jovem nadador fez jus ao apelido de "novo Cielo", que ganhou após quebrar diversas marcas nacionais (além da alcançada nesta segunda-feira) do tricampeão mundial.
Além de Cielo, Santana também pode ser comparado com outros grandes nomes da prova como Yannick Agnel, finalista mais jovem dos 100 m livre nas Olimpíadas de Londres-2012, e dono de dois ouros na competição. O francês tinha 20 anos e nadou a prova em 48s23, apenas 90 centésimos mais rápido que o brasileiro.
Se não bastasse, o tempo de Santana nos Jogos Sul-Americanos é exatamente igual ao melhor de Bruno Fratus em 2013, um dos nadadores mais velozes do Brasil nos 100 m livre. A marca também credencia o adolescente como potencial candidato a uma vaga no revezamento 4×100 no mundial do ano que vem, em Kazan (Rússia), e nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando estará com somente 19 anos.
Formado no Botafogo e atualmente atleta da Unisanta, Matheus Santana já é visto há pelo menos dois anos como uma grande promessa da natação brasileira. Nesse período, baixou quase dois segundos o tempo obtido por Cielo nos 100 m livre, quando ele tinha 17 anos. Já nos 50 m livre, seu melhor resultado foi 22s55, 8 segundos abaixo do tempo do tricampeão mundial, há 10 anos.
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