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Tóquio-2020: em busca da igualdade de gênero

Após meses de análises, discussões e estudos, o Comitê Olímpico Internacional anunciou hoje algumas mudanças no programa olímpico que já começam a valer a partir dos Jogos de Tóquio-2020. Ao todo, 16 modalidades terão novidades nas próximas Olimpíadas. Uma delas será a natação, que terá três novas provas em seu programa: 800m livre masculino, 1500m livre feminino e revezamento 4x100m medley misto. Os pedidos para inclusão das provas de 50m estilo e do revezamento 4x100m livre misto não foram atendidas pelo COI.

Há alguns anos, o Comitê Olímpico Internacional vem aderindo ao discurso da igualdade de gênero e buscando adotar medidas para equiparar a participação de atletas homens e mulheres em seus eventos. O objetivo da entidade é chegar aos 50% de atletas masculinos e femininos e por meio dessas mudanças o COI vem conseguindo obter resultados. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a participação feminina foi de cerca de 45% do total, o maior número da história.

O Reino Unido é o atual campeão mundial do 4x100m medley misto – Foto: Zhang Fan/Xinhua

A inclusão das duas provas de fundo está dentro das medidas do COI. Desta forma, a entidade conseguirá igualar as distâncias nadadas por homens e mulheres nos Jogos, já que até o Rio-2016 só havia os 800m livre feminino e os 1500m livre masculino. Agora os dois sexos nadarão a mesma quantidade de metros. 

O mesmo vale para o 4x100m medley com dois atletas de cada sexo competindo na mesma prova. Além dessas mudanças, haverá uma redução no número de nadadores inscritos em Tóquio, passando dos 900 para 878 nadadores.

As outras modalidades aquáticas não tiveram seus pedidos atendidos. A maratona aquática pretendia aumentar de 25 para 30 o número de participantes nas provas feminina e masculina, mas esse pedido ia diretamente contra o desejo de redução de inscritos. O nado sincronizado não teve a solicitação de criar a prova de dueto misto e o high diving não foi incluído no programa. E o polo aquático que pretendia aumentar o número de seleções feminina de oito para 12 ainda terá que reduzir o número de jogadores.

Katie Ledecky pode ampliar sua coleção de medalhas olímpicas – Foto: USA Today Sports

Com essa medida haverá mais uma chance para Katie Ledecky aumentar sua coleção de medalhas olímpica. Hegemônica nos 1500m livre ela já larga como franca favorita para ser a primeira mulher campeã da distância. Já nos 800m livre uma disputa entre Sun Yang (atual tricampeão mundial) e Mack Horton (que já foi campeão mundial júnior), além de Gregorio Paltrinieri, atual campeão olímpico e mundial dos 1500m livre, promete fortes emoções. Já no 4x100m medley a estratégia de montar uma equipe equilibrada será o grande diferencial para saber quem levará a primeira medalha olímpica na prova que representa bem essa política de igualdade de gênero.

Por Guilherme Freitas

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