Uma barreira quebrada e um recorde sul-americano histórico

Atualizado em 20 de setembro de 2016
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Larissa Oliveira foi o grande nome deste terceiro dia do Troféu Maria Lenk. A nadadora chegou a piscina do Estádio Olímpico Nacional sem nenhum índice olímpico atingido e pressionada para se garantir nos Jogos do Rio. No Torneio Open ela nadou acima de suas melhores marcas e não conseguiu repetir o bom desempenho do Pan e do Mundial . Devido seu histórico sua presença nos revezamentos 4x100m e 4x200m livre era praticamente certa. Porém, faltava o índice individual. Agora não falta mais.

Depois da bela performance de ontem nos 400m livre, onde estabeleceu o novo recorde brasileiro de 4min09s48, Manuella Lyrio era a grande favorita a vencer e até superar o recorde sul-americano nos 200m livre. Seria a grande adversária de Larissa, mas Manuella não foi bem pela manhã e terminou apenas com o nono tempo e um lugar na final B. Na prova principal Larissa adotou uma estratégia ousada, nadando forte do início ao fim e fechando com um ótimo fim de prova. O resultado foi 1min57s37, novo recorde continental e a primeira mulher do continente a nadar abaixo de 1min58s.

Na final B, Manuella também nadou muito forte, mas cansou no final e não conseguiu superar a marca de Larissa, finalizando com 1min58s62, tempo que é 19 centésimos acima do índice alcançado por ela no Open de Palhoça. As duas nadarão a prova individual nos Jogos Olímpicos e terão ainda a companhia de Jessica Cavalheiro (1min59s05) e Gabrielle Roncatto (1min59s22) no revezamento 4x200m livre. Um equipe forte e que promete brigar por um lugar na final.

 

Kaio Marcio vai nadar os Jogos pela quarta vez na carreira - Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Kaio Marcio vai nadar os Jogos pela quarta vez na carreira – Foto: Satiro Sodré/ SSPress

 

Nos 200m borboleta masculino Leonardo de Deus ratificou sua vaga e favoritismo, vencendo a final com 1min55s54 sem nenhuma surpresa. Porém, o grande momento foi com Kaio Marcio de Almeida. Depois de anunciar sua aposentadoria das piscinas em 2013, ele retornou aos treinos no ano seguinte e desde então vem em constante evolução. Ficou a apenas cinco centésimos de ir ao Campeonato Mundial de Kazan e agora com 1min56s21 faz um tempo melhor do que em Londres-2012 e se classifica para disputar sua quarta Olimpíada.

Fechando o dia tivemos os 200m medley, onde não tivemos nenhum índice. Joanna Maranhão, que já havia obtido a marca no Open, venceu a prova com 2min14s37. Destaque para Nathália Almeida que com 2min15s24 ficou a quase um segundo do índice exigido e fez a melhor prova de sua vida. Amanhã no quarto dia de disputas no Maria Lenk os holofotes se voltam para os 100m livre masculino, onde saberemos quem serão os representantes na prova individual e o quarteto que chegará ao Rio-2016 cotado para subir ao pódio.

Guilherme Freitas