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Braçada do nado crawl: erros mais comuns

Por Taissa Esteves

A braçada do nado crawl pode ser dividida em quatro fases: apoio, puxada, propulsão e recuperação aérea. Avaliar cada uma dessas partes separadamente ajuda a ajustar com mais precisão pequenos erros que podem consumir um tempo crucial em uma competição. Coordenador técnico da Equipe Fox, do Rio de Janeiro (RJ), Vinícius Magalhães explica os detalhes e os erros mais comuns em cada fase do movimento.

APOIO

A primeira fase consiste na entrada da mão na água até a extensão total do braço à frente da linha do ombro. Nesse momento, ocorre o deslize do corpo e o braço esticado ajuda nesse movimento. Aqui, um erro bastante comum é não estender o braço por completo, o que fará você perder rendimento e gastar mais energia do que o necessário. Também preste atenção para não deixar o braço muito para baixo da superfície da água ao esticar o cotovelo, o que irá interferir na hidrodinâmica da posição, aumentando a resistência em relação ao deslocamento.

PUXADA

Começa com o braço estendido à frente do corpo e a mão levemente flexionada para baixo, com os dedos unidos. Ao mover o antebraço para puxar a água, o cotovelo deve formar um ângulo de cerca de 90°. Essa fase compreende o instante em que o antebraço inicia a puxada da água até o momento em que a mão se encontra na vertical, com os dedos apontados para o fundo. Não realize o movimento de puxada com o braço esticado, pois isso exigirá um esforço desnecessário, podendo sobrecarregar a musculatura e a articulação dos ombros. Mantenha o cotovelo flexionado e a palma da mão direcionada para trás. É importante manter o pulso firme para não perder força na fase de tração.

PROPULSÃO

Essa é a última parte da fase aquática, em que o cotovelo ultrapassa a linha do ombro e o braço é estendido por completo em direção à coxa. Deve ser a etapa mais forte da braçada do nado crowl. O principal equívoco nesse momento é não estender totalmente o cotovelo na finalização do movimento, perdendo força e propulsão.

RECUPERAÇÃO AÉREA

Corresponde à rotação do ombro para trazer o braço de volta à posição que dá início à fase de apoio. É nesse momento que o atleta realiza a respiração e se recompõe do esforço na fase aquática. Para diminuir a resistência, o braço deve fazer o caminho de volta acima da superfície, com o cotovelo flexionado em cerca de 90°. Ao finalizar o movimento, deve-se estender o cotovelo, alinhando o braço com o ombro para preparar a entrada da mão na água. São erros comuns nessa fase a entrada curta do braço na água, não fazer a rotação lateral do corpo de forma simultânea ao retorno do braço ou deixar a musculatura do braço muito tensa durante o movimento.

(Fonte: Matéria publicada na VO2#109, maio/junho de 2015)

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