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Nadar em águas abertas é diferente do tradicional nado na piscina. No mar, não dá pé e não há borda para se encostar quando cansar, por exemplo. Mas isso não precisa causar medo em atletas que vão encarar uma travessia aquática pela primeira vez, como o caso de muitos participantes da Volta do Parcel, marcada para 22 de abril, em Juquehy.
Uma das principais questões é a técnica de nado. Segundo o educador físico Wesley Pereira, especialista em águas abertas, o nado no mar exige uma amplitude de braçada maior do que na piscina. A respiração também deve ser intercalada entre a frontal e a lateral para que o atleta se oriente com mais facilidade no percurso e assim reduza um dos principais temores dos iniciantes, a mudança de ambiente.
“Na praia não há raia, não há borda, não da pé e não é possível visualizar o fundo. Todos esses fatores influenciam diretamente na parte psicológica e na performance geral do nadador”, explica Wesley.
Para que a primeira experiência em uma prova em mar aberto seja proveitosa, a largada é fundamental. Como todos começam juntos e não há raias, é comum haver encontrões entre os competidores. Para evitar isso e o possível susto decorrente, o treinador Luiz Felipe Lima, professor de natação na Bio Ritmo, indica aos iniciantes largar pela lateral, ou esperar o pelotão inicial sair.
Na Volta do Parcel, uma das principais e mais charmosas provas em águas abertas de São Paulo, os desafios podem se estender. Com 1.500m de percurso e a necessidade de contornar uma ilha, a dificuldade pode crescer de acordo com as correntes marítimas e ventos do dia, o que influencia diretamente na performance do nadador.
Por isso, Luiz Felipe Lima indica aos atletas apostar em um ritmo confortável, especialmente para os primeiros trechos de prova. Já Wesley Pereira sugere aos nadadores observar o sentido das correntes de ar e água para ver se é necessário mudar a estratégia ou o caminho planejado mesmo já dentro do mar, e assim evitar fadiga desnecessária.
Outro ponto de atenção é o contorno das boias. Como muitos atletas costumam chegar juntos aos equipamentos, é necessário ter uma abordagem cautelosa para evitar contatos mais fortes – com as próprias boias e também com outros nadadores.
Mas a dica mais importante aos atletas iniciantes é lembrar que se está lá para se divertir e realizar uma atividade prazerosa. “É importante curtir a prova, o trajeto e o local, já que tem uma paisagem maravilhosa”, conclui Luiz Felipe Lima.
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