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Embora sejam vertentes da modalidade das maratonas aquáticas, o nado no mar e o nado em lagos e represas são bem diferentes em relação às questões ambientais que os envolvem. As diversidades passam, entre outros fatores, pela quilometragem e, por consequência, duração e estrutura das provas, e (até) pelas características da água e condições de nado, diretamente relacionadas. Para esclarecer suas principais dúvidas a respeito da cada tipo de prática aquática, e para saber as diferenças entre uma e outra, elencamos os principais pontos aqui.
Distância dos percursos
Como os lagos e represas oferecem uma extensão de prova menor do que as do mar, os percursos e suas demarcações, feitas com as boias, também são menores. Enquanto em mar aberto, é possível nadar 12 km em “linha reta”, em águas doces, as provas são realizadas em percursos de cerca de 2 km, estruturados em formato de triângulo ou retângulo, para que os nadadores completem a distância total por meio de algumas voltas. Assim, para concluir uma competição de 10 km, são necessárias cinco voltas. Por isso, nas maratonas aquáticas, são realizadas em lagos, apenas, as disputas que tenham, no máximo, 10 mil metros.
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Duração das provas
Pelo fato de água doce ser represada, ou seja, não apresentar correnteza, com cheia ou vazão, as provas em lagos, realizadas por atletas bem treinados, duram cerca de 2h e não muito mais do que isso. Já no mar, em função da maré, esse tempo oscila mais, chegando a 2h20, por exemplo, quando ela está “contra”, pois há um aumento da resistência à força que será feita pelo atleta. Quando a maré está a favor, no entanto, acaba ajudando e empurrando o nadador, que, automaticamente, vai ganhar velocidade e diminuir o tempo. Um aspecto que influencia em ambas as vertentes são as condições climáticas, como chuvas, vento e sol, que influenciam no desgaste do nadador.
Temperatura da água
No lago, geralmente, a temperatura é a mesma do ambiente, ou seja, depende da condição climática no dia. Já no mar, esse fator também varia de acordo com as correntes, tornando-se mais instável.
Flutuabilidade
Como você já sabe, a água salgada, por se mais densa, aumenta a capacidade de flutuação do nadador e, com isso, sua velocidade, o que não ocorre na água doce. Contudo, a profundidade também aumenta a condição de flutuabilidade, o que torna alguns lagos ou represas favoráveis para um nado mais rápido.
Contato físico
Esse é um fator inevitável tanto no mar quanto no lago, com a ressalva de que, talvez, em águas mais cristalinas, pela transparência, seja possível ter melhor visão para evitar essa situação.
Como orientar-se durante o nado em ambas as modalidades
Você também já viu no site que a ausência de demarcações em provas no mar, para evitar a marola, exige a respiração para os dois lados e também para cima, com o objetivo de olhar a distância de outros competidores e o próprio posicionamento. Em lagos e represas, é possível se orientar pelas boias de demarcação, que podem estar perto ou distante e, inclusive, pelo horizonte, nos dois lado.
Qual roupa utilizar
Como nas competições no mar, na água doce, é possível utilizar as roupas de borracha nos eventos de participação, em que a temperatura pode estar abaixo de 21°, chegando até a 16°. Nos eventos oficiais da Federação Internacional de Natação (Fina), é permitido o uso de sunga, bermuda ou calça de nado, com o dorso despido, dispondo de lanolina (pasta de proteção térmica).
(Fonte: Ricardo Santana, treinador no Yatch Clube da Bahia)
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