A disputa da natação nas provas de triathlon geralmente ocorre em águas abertas, nas quais não é fácil manter-se em linha reta por causa das ondulações e correntezas dos rios e mares. Nessas horas, uma falha na orientação pode fazer com que o competidor tenha de nadar alguns metros a mais, o que certamente comprometerá o restante da prova. Para evitar isso, é fundamental que o triatleta tenha uma boa técnica de respiração frontal, para auxiliá-lo nessa navegação. O fisiologista cubano Williams Morales – que treinou o medalhista olímpico dos 50 metros livre Fernando Scherer e o triatleta argentino Oscar Galíndez – dá algumas dicas para aperfeiçoar a técnica.
Biomecânica do nado
Ao respirar na direção frontal, o atleta deve procurar levantar a cabeça para visualizar o ponto de referência a ser alcançado. Esse gesto, porém, acaba mudando toda a biomecânica do nado. Segundo estudos, ao se tirar uma parte do corpo da água, ela passa a pesar três vezes mais, o que significa mais arrasto (atrito com a água) e maior gasto de energia para manter o deslocamento. Portanto, o ideal é realizar a respiração frontal poucas vezes durante a prova, porém de forma eficiente, de modo que ela comprometa o menos possível a dinâmica do nado.
Braçadas curtas e pernas flexionadas
A braçada na respiração frontal deve ser mais curta – e não alongada, como a praticada normalmente no nado crawl (estilo livre) – para que o atleta fique alto em relação ao nível da água, aumentando seu campo de visão, e também para proporcionar equilíbrio. Já as pernas devem ficar um pouco mais flexionadas que o ângulo adotado no nado livre (semiflexionadas) para que se obtenha mais estabilidade. Na hora da respiração frontal, alguns atletas preferem adotar a pernada do nado peito, pois ela permite maior estabilidade e equilíbrio – tanto que é a mais usada pelos atletas de polo aquático, que durante a maior parte do tempo têm que nadar com a cabeça fora da água para visualizar o jogo.
Fortalecimento dos músculos das costas
Ao projetar a cabeça à frente para conseguir respirar e ter tempo de se localizar, o atleta recruta diversos grupos musculares localizados nas costas, como o trapézio, o deltoide, o romboide e o dorsal. São músculos que, demasiadamente fadigados, podem inclusive prejudicar o desempenho no pedal e na corrida. Por isso, o treino de respiração frontal acaba sendo importante não só em relação à parte técnica do nado, mas também para a resistência muscular do atleta. Com a prática, nos treinos, o movimento vai sendo otimizado, despendendo menos energia, e deixando a musculatura mais bem preparada.
Matéria publicada na Revista VO2 Bike, na edição #96, setembro de 2013.
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