Fundamental para dar ritmo e impulsionar o nado, a virada olímpica é um movimento feito na aproximação da borda da piscina em todos os estilos. Ela se caracteriza por uma virada fechada, quando o nadador faz uma cambalhota –submersa na água e sem respirar — e toca as mãos na borda. Quando realizada de forma correta, a virada olímpica otimiza o tempo do nadador e o ajuda em seu rendimento. Como melhorar sua execução?
Na natação, existem dois tipos de viradas: abertas e fechadas. Nas abertas, o nadador consegue fazer a inspiração antes da virada e, normalmente, são executadas como forma pendular, tocando as mãos e os pés na parede e com joelhos flexionados dando o impulso. Já nas fechadas, conhecida popularmente como virada olímpica, realiza-se o giro (cambalhota) para frente, com o crawl, ou para trás, no nado de costas, sem tocar as mãos na borda da piscina.
A virada olímpica é dividida em três fases: a aproximação, o giro e o impulso. E funciona assim:
– O nadador se aproxima da parede sem diminuir a velocidade do nado e finaliza a braçada deixando o braço no prolongamento do corpo;
– Na fase do giro, faz a cambalhota para frente e levemente para o lado, com as mãos direcionadas para o lado oposto da parede;
– O impulso é dado quando os pés tocam a parede e o nadador flexiona os joelhos para um arranco mais eficaz.
O primeiro passo para tornar o movimento da virada olímpica eficiente é ter controle respiratório e consciência corporal dentro da água. A partir dai, vem a parte técnica do giro. Normalmente, começa com a posição em pé, na piscina, quando o nadador deve executar a cambalhota e retornar a posição inicial. Em caso de dificuldade na execução desse giro é muito comum usar bolas, a própria raia como auxílio, além da realização de uma série de cambalhotas no colchonete. É importante o nadador ter controle, segurança e autonomia para fazer só a cambalhota, para depois se aperfeiçoar na virada.
Existem alguns exercícios que não são tão específicos para a vira olímpica, mas ajudam (e muito!) na sua execução. São eles: palmateios, conhecidos como trabalho de sensibilidade, que fazem com que o nadador tenha uma tração melhor e mais veloz na última braçada antes da virada; e exercícios de impulso e deslize na borda com streamline (posição de braços estendidos com a cabeça entre os membros e mãos sobrepostas), auxiliando no retorno do nado, esse exercício pode ser feito até em solo, num banco ou bola suíça.
Fique atento aos movimentos da virada olímpica. Veja o que não se deve fazer em sua execução:
– Dar meia braçada antes da virada junto com a respiração e impulso com pernas pouco flexionadas ou com pés muito para baixo ou para cima;
– Na hora do impulso fora do prolongamento do antebraço, deixar os braços soltos na hora do giro e cabeça muito alta;
– Uma virada muito próxima ou muito afastada da borda.
(Fonte: Laís Alves, educadora física e técnica da Triação Assessoria Esportiva, em Salvador – BA)
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