A especiaria é raiz de uma planta herbácea originária da Índia, que foi descoberta pelos europeus ainda no século VI e chegou ao Brasil na época da colonização. Nesse período, a humanidade já gozava dos benefícios do gengibre nas áreas alimentares e medicinais.
O chá da especiaria era conhecido por ser aliado contra a gripe e seu xarope era famoso por aliviar as dores de garganta. Com o avanço da ciência, mais benefícios do gengibre foram descobertos — como o fato de acelerar o metabolismo, auxiliar na perda de peso e diminuir a fadiga muscular.
“Essa especiaria é um alimento termogênico, ou seja, possui a capacidade de acelerar o metabolismo e potencializar a queima de gordura. Além disso, o gengibre também promove a sensação de saciedade, regulando o apetite e a ingestão dietética”, explica Laís Coelho, nutricionista esportiva da Natue.
Entretanto, o consumo isolado deste alimento não promove grandes benefícios com relação ao emagrecimento. “É recomendável aliar o consumo da especiaria a uma dieta balanceada e à prática regular de atividade física”, completa Laís.
De acordo com a nutricionista esportiva, por conter o princípio ativo chamado gengirol, o alimento promove fortalecimento do sistema imunológico.
Além disso, o alimento atua como antioxidante e anti-inflamatório, ajudando na prevenção de problemas de saúde como gripes, resfriados, câncer, azia, asma e úlceras.
Segundo a nutricionista Mariana Lindenberg Alvarenga, diretora da Globalnutri Assessoria e Consultoria, os benefícios do gengibre são iguais, tanto para atletas de alto nível, quanto para iniciantes.
“O gengibre tem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, que reduzem a fadiga muscular e a dor tardia, 24h ou 48h após o exercício físico”, afirma.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Hormel, da Universidade de Minnesota (EUA), apontou que o gingerol, propriedade que dá sabor picante ao gengibre, pode impedir o crescimento de tumores no intestino.
“O gengibre também é indicado para problemas estomacais, uma vez que auxilia no combate de enjoos, indigestão e gases e no combate a proliferação de vírus e bactérias no organismo”, completa Laís Coelho.
O consumo diário de gengibre deve ser de 2 g e ele pode ser incluso na sua alimentação em sopas, sucos, carnes, frango e peixes. Segundo Mariana, quem não gosta do seu paladar mais apimentado, também pode consumi-lo cozido: “Estudos indicam que os efeitos são os mesmos na forma crua ou cozida”, afirma a nutricionista.
Para obter resultados satisfatórios, o consumo do gengibre tem que ser regular, mas a quantidade de 2 g precisa ser respeitada. Mariana alerta sobre os riscos de exagerar no consumo da especiaria.
“Em excesso, pode diminuir a coagulação sanguínea, aumentando risco de sangramentos”, encerra a nutricionista.
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