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Rejuvenescimento, renovação de cartilagem, ficar sem rugas, manter a pele lisa e hidratada — estas são só algumas das palavras que aparecem quando pesquisamos sobre os benefícios do colágeno.
Por isso muita gente aposta em consumir suplementos, cremes e tratamentos estéticos com a proteína, na esperança de que o corpo a absorva e, consequentemente, ajude a evitar o envelhecimento da pele, principalmente. Mas será que realmente são eficazes para esses fins?
Entenda o que é, para que serve e como funciona essa proteína no nosso organismo.
O colágeno é um tipo de proteína que produzimos, responsável por estruturar os tecidos conjuntivos de animais e está na pele, tendões, ligamentos, artérias e ossos. É formado por uma sequência de aminoácidos — estruturas menores para que o organismo consiga absorver os nutrientes. “O colágeno constitui de 20% a 30% das proteínas no corpo. Porém, com o avançar da idade, a sua produção vai diminuindo. Esse desgaste é potencializado pelo estilo de vida: excesso de sol, poluição, tabagismo, álcool, vida estressante são alguns dos comportamentos que ajudam a diminuir a produção desta proteína”, explica a dermatologista Renata Marques, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A alimentação adequada é o principal meio para construir as proteínas. Porém, não quer dizer que consumir colágeno irá produzir mais colágeno. “A cadeia de colágeno é construída por meio de uma reação química que precisa de vitamina C para ajudar no aumento de oxigênio que acontece dentro das células. Por isso que adicionamos limão no peixe, por exemplo, pois é uma excelente forma de oferecer todos os substratos que o corpo precisa para formar mais colágeno”, continua a especialista.
Há muitos cremes à base de colágeno nas prateleiras das farmácias e lojas especializadas, mas infelizmente esse tipo de produto não ajuda muito. “O que regula a produção do colágeno é uma série de fatores endógenos, como a secreção de hormônios (gh, testosterona, estrogênio), entre outros fatores fisiológicos.
Priscila Riciardi, nutricionista funcional, explica que há dois tipos de colágeno. Um possui a função de manter a firmeza e elasticidade da pele (peptídeos de colágeno), enquanto que o outro atua nas articulações e no intestino. Se você busca obter colágeno por meio da alimentação, fique atento à escolha dos alimentos. “A gelatina não funciona, ainda mais se for com sabor e açúcar. Açúcar e corante são muito inflamatórios e destroem o colágeno”, alerta Riciardi. E sugere uma solução para os vegetarianos. “Uma boa alternativa para consumir o colágeno é usar o pólen de coco. O feijão com limão também ajuda, já que é fonte de silício e vitamina C”, ensina.
Se você já leu o rótulo de um suplemento de colágeno, provavelmente se deparou com o termo “colágeno hidrolisado”. Isso quer dizer que ele passou pelo processo de hidrólise, que quebra a proteína antes para ajudar na absorção mais rápida pelo organismo. Porém, como dito acima, estimular a produção de colágeno não é uma garantia de sucesso.
Quando se trata de alimentos e suplementos, supor que algo que você come se transforma na mesma coisa em seu corpo é um erro. Os processos químicos e biológicos que acontecem no organismo transformam tudo. No caso do colágeno, ele se transforma em aminoácidos.
Alternativas para melhorar o colágeno no organismo são outras: a suplementação de vitamina C, licopeno e minerais, que ajudam na otimização da resposta da pele às técnicas de estímulo de produção da substância.
Uma pesquisa ligou alguns peptídeos de colágeno à redução das rugas da pele e à pele mais saudável. Então é possível que alguma nova descoberta possa explicar essas evidências no futuro. Mas ainda há muito mais perguntas do que respostas. Embora o colágeno seja estruturalmente importante, é uma molécula de proteína muito grande para passar pela barreira da pele. Segundo Jonathan Hadgraft, professor de Farmácia da Universidade de Londres, há uma crença popular de que a pele absorve 60% dos cremes, mas a verdade é que a maior parte do creme fica na superfície. Se penetrasse na pele e chegasse à corrente sanguínea, o colágeno seria classificado como remédio.
Porém, um estudo de 2017, publicado no Journal of Agriculture and Food Chemistry, mostrou que o colágeno hidrolisado pode ser transferido diretamente para a pele por meio da corrente sanguínea. Porém, todos os estudos que tiveram resultados positivos quanto ao uso dos suplementos foram feitos com poucas pessoas e são pesquisas de curto prazo, por isso são vistos com cautela por especialistas.
Uma metanálise de 2018 analisou o efeito do colágeno hidrolisado para ajudar a tratar a dor articular em atletas e naqueles que sofrem de osteoartrite. Publicada no British Journal of Sports Medicine, a pesquisa examinou vários suplementos usados para osteoartrite e identificou o colágeno como um dos que “demonstrou efeitos clinicamente importantes para a redução da dor a médio prazo”. No entanto, a longo prazo, os suplementos parecem não ajudar mais do que um placebo.
Estimular a produção de colágeno por meio de hábitos saudáveis e alimentação parece ser mais efetivo
“A alimentação adequada já fornece a quantidade certa de aminoácidos para formação do colágeno. A suplementação só é necessária nos casos de alimentação inadequada. Mesmo assim, não existem estudos sobre o colágeno até o momento que mostrem que ele possa evitar flacidez ou rugas”, afirma a dermatologista. Por isso, para ela, é melhor investir nos alimentos ricos em vitaminas A, B, C, E, K — que vão estimular a produção de colágeno e colaborar para uma pele mais bonita.
Brócolis, batata-doce, laranja, avocado, espinafre, pimentas, azeite de oliva, leite e derivados, beterraba, pepino e feijões são alguns dos alimentos que oferecem aminoácidos e ácido ascórbico, necessários para a fabricação de colágeno pelo corpo.
Mas, vale o aviso: se você for dar uma chance ao colágeno, não vale apostar apenas nele. Escolhas de estilo de vida também danificam a produção da proteína e podem potencializar os danos do envelhecimento: tabagismo, açúcar elevado no sangue, exposição exagerada ao sol, sedentarismo e ganho de peso são alguns dos hábitos que prejudicam a produção de colágeno.
Além disso, “para dores articulares é extremamente importante trabalhar com uma dieta anti-inflamatória e com um especialista que trabalhe a questão da absorção de nutrientes, da permeabilidade do intestino”, avisa Riciardi. Por isso, antes de suplementar, procure um especialista.
Fontes: Dra. Renata Marques, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, University of Illinois College of Medicine at Chicago; Skin Pharmacol Physiology, 2014; e Priscila Riciardi, nutricionista funcional.
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