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Como manter uma alimentação viva

Por Felipe Bomfim

A alimentação viva é um tipo de dieta que veio dos Estados Unidos, onde se chama Raw Food (alimento cru). Como o próprio nome sugere, ela consiste apenas na ingestão de produtos naturais, frescos e crus. Isso a torna saudável e perigosa ao mesmo tempo, já que combate o excesso de peso, mas é pobre em alguns nutrientes importantes para quem pratica esporte.

“É uma alimentação bastante saudável, pois é rica em fibras, minerais e vitaminas, entretanto, é bastante pobre em proteínas e com poucos carboidratos. Cabe lembrar que, minerais provenientes de vegetais crus são de difícil absorção”, explica André Pellegrini, nutricionista esportivo do INA (Instituto do Atleta).

Pellegrini ainda revela que há diferenças entre os resultados dessa dieta para pessoas sedentárias e para pessoas que praticam algum tipo de atividade física.

“Perda de rendimento e dificuldade de recuperação são os prejuízos mais evidentes [da alimentação viva para quem corre] por estarem associados à baixa ingestão de proteínas e ferro. Para sedentários, esta dieta tem respaldos científicos interessantes, mas para atletas, faltarão nutrientes”, afirma.

Já a nutricionista da Clínica Super Healthy, Paola Nunes, ressalta os benefícios que a alimentação viva pode trazer para quem corre. “Para atletas, estes alimentos são extremamente benéficos, principalmente se pensarmos que todas as reações metabólicas no organismo ocorrem somente na presença de vitaminas e minerais [que compõem na alimentação viva]”.

Paola também comenta sobre as necessidades nutricionais de quem pratica esporte. “A prática de atividade física eleva a produção de radicais livres. Para normalizá-la é necessário um consumo adequado de fitoquímicos, substâncias benéficas presentes nos alimentos de origem vegetal”.

Para colocar fim ao dilema de manter ou não uma alimentação baseada em alimentos crus, Pellegrini sugere duas dicas para potencializar a alimentação viva e fazer que ela forneça os nutrientes necessários aos corredores:

1 – Manter a alimentação viva durante todo o dia e deixar ela de lado no momento do exercício. Ou seja, buscar nas refeições pré, durante e pós-treino itens mais balanceados como pão branco com peito de peru, iogurte, biscoito com requeijão, clara de ovo, etc.

2 – Utilizar suplementos: carboidratos + proteínas pré, durante e pós treinos.

 “A alimentação é um equilíbrio diário, sendo necessário sempre dosar consumo e gasto energético. A variedade é a palavra chave, o princípio da alimentação saudável não é apenas a presença de verduras e legumes, mas sim a variedade entre as diversas possibilidades alimentares”, afirma Lenycia Neri,diretora da Nutri4Life Consultoria em Nutrição.

Redação

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