Um estudo recente, publicado na Sleep, sobre o funcionamento do nosso cérebro mostrou como dormir pouco pode aumentar os desejos de comida não saudável e ainda reduzir o controle do apetite. Ou seja, quando estamos cansados demais temos a tendência de comer além do necessário, a famosa gula – e ainda comer errado. Mas tem uma boa notícia: o esporte pode ajudar a equilibrar essa equação.
Estudo
O que tem a ver dormir pouco com o fato de comer comidas calóricas? Pesquisadores do Hospital Roosevelt e da Universidade de Columbia, em Nova York analisaram o cérebro de 25 voluntários com peso normal, durante cinco noites de privação de sono (quatro horas de sono) e depois durante cinco noites de sono normal (de 6 a 8 horas).
No corpo cansado, privado de sono, os centros de busca de prazer do cérebro foram mais ativados quando os participantes olharam para fotos de alimentos não saudáveis, como pizzas, cheeseburgueres e bolos. Porém, depois de cinco dias dormindo bem, tanto alimentos saudáveis quanto não-saudáveis ativaram as mesmas áreas de prazer do cérebro.
Conclusão: Dormir pouco (menos de sete horas por noite) leva as pessoas a comerem mais – e o cérebro pede por alimentos que são ricos em açúcar ou gordura. A amostragem é pequena e mais estudos são necessários para comprovar essa relação. Mesmo assim, levanta a questão sobre como a falta de horas de sono pode desregular todo o relógio biológico, afetar o metabolismo, a produtividade, a disposição e a nossa capacidade de escolher alimentos mais ou menos saudáveis.
Dormir pouco dá larica?
É o que aponta outro estudo, feito pela Universidade de Chicago e publicado no mesmo periódico: dormir pouco tem relação direta com o ganho de peso e com vontades por alimentos muito calóricos, assim como pessoas que fumam maconha.
Em um experimento realizado durante 8 dias, com jovens entre 18 a 20 anos, pesquisadores da Universidade de Chicago concluíram que pessoas que dormem pouco podem consumir até 50% a mais de calorias em lanches do que após horas de sono saudáveis (sete a oito horas de duração).
A autora do estudo, Erin Hanlon, explicou que a privação de sono pode aumentar os níveis do sinal químico endocanabinoide 2-araquidonoilglicerol (2-AG), que aumenta o desejo por alimentos (mesma coisa que faz o ingrediente ativo da maconha). Ambos ativam esse sistema endocanabinóide, que leva as pessoas a comerem demais mesmo quando não estão com fome e ainda aumenta a vontade por doces.
Exercício físico é “remédio” contra os maus hábitos
Além de dormir mais, para evitar comer besteiras vale praticar atividades físicas. Elas ajudam a equilibrar essa equação! O exercício físico pode ser um meio de afastar os desejos por junk foods mesmo quando estamos cansados, segundo outro estudo da Universidade da Califórnia (2012).
Homens e mulheres saudáveis foram divididos em dois grupos: um deles não praticou atividade física e o outro fez uma hora de exercício aeróbico durante alguns dias. Em seguida, para cada grupo foi mostrada uma série de imagens de alimentos variados (não saudáveis e neutros) enquanto que a ativação cerebral era gravada por tecnologia de ressonância magnética funcional (fMRI) – um dispositivo que registra o fluxo de sangue, sugerindo, assim, áreas de ativação mais forte em resposta aos estímulos visuais. O exercício físico reduziu significativamente a resposta neuronal ao alimento açucarado e calórico – e, mais importante ainda, o esporte levou a uma redução significativa na ativação das partes do cérebro que estão associados com o desejo e o prazer por alimentos específicos e gordurosos.
Quer fugir da gula? Adicione esporte e horas de sono na sua rotina.
A cidade de São Paulo foi palco no sábado, dia 9 de julho, do MOV…
A cidade de São Paulo foi palco no domingo, dia 10 de julho, da Eco…
Saiba como você pode melhorar (ainda mais) o seu tempo na meia-maratona
A cidade de São Paulo será palco no dia 10 de julho da Eco Run,…
A Eco Run chegou a Salvador no último domingo, dia 3 de julho, com a…
A Up Night Run é mais do que uma corrida, é a proposta de uma…