Dieta mediterrânea aumenta longevidade

Atualizado em 05 de agosto de 2016

Adeptos da alimentação saudável ou quem busca uma nova dieta, já podem se animar. De acordo com pesquisa publicada pelo “British Medical Journal”, a chamada dieta mediterrânea ajuda a reverter o processo de envelhecimento. O estudo, realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, aponta que quem segue a dieta mediterrânea pode aumentar em 20% o tempo de vida.

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icon texto_menor UMA DIETA PARA CHAMAR DE SUA

Os autores do estudo acompanharam de perto a saúde de 4.676 pessoas de meia idade, durante um período de dez anos, e avaliaram o impacto da dieta nos telômeros, estruturas que permitem guardar as extremidades dos cromossomos, onde o código de DNA fica armazenado.

À medida que envelhecemos e nossas células se dividem, os telômeros ficam mais curtos – a sua integridade estrutural enfraquece, o que pode fazer com que as células parem de se dividir e morram. Com a dieta mediterrânea, os pesquisadores notaram que os telômeros não diminuem de tamanho, evitando a perda de informação genética durante a divisão celular.

Além disso, o estudo também mostrou que uma alimentação que segue a receita contribui para a diminuição do peso, atua no declínio da hipertensão e melhora a vida dos diabéticos.

A questão não é apenas viver mais, mas viver melhor. Um dos principais benefícios da dieta é que ela traz benefícios significativamente importantes para a saúde do coração. Pessoas com mais de 60 anos são ainda mais beneficiadas quando passam a seguir a dieta mediterrânea.

Como é a dieta?
A dieta mediterrânea é rica em antioxidantes, as substâncias que combatem os radicais livres e atuam na correção de células em degeneração. A alimentação possui abundância de frutas e legumes frescos, bem como aves e peixes, em vez de carne vermelha, manteiga e gorduras animais. A base da dieta é composta pelo azeite de oliva, o vinho, as sementes e temperos como o alho e a cebola.

Para quem deseja começar a dieta, não há restrições, mas o ideal é ir aos poucos e fazendo trocas. Alguns exemplos:

Manteiga e margarina por azeite de oliva: essa troca por ser feita em todos os tipos de uso, seja para consumir o pão integral, seja na produção de alimentos.

Sal por ervas: as ervas podem reforçar o sabor dos alimentos sem precisar do uso de sal, e são benéficas por não promoverem a retenção de líquidos no organismo, como o sal. Além disso, alguns temperos controlam a ansiedade e a vontade de comer mesmo sem fome.

Doces por frutas maduras: se você não resiste a um doce, pense em trocar aquele pedaço de chocolate por uma fruta madura, pois são mais adocicadas e são opções muito mais saudáveis.

Carne vermelha por peixe: apesar das carnes vermelhas não estarem proibidas nesta dieta, optar pelos peixes ajuda a reduzir depressão, melhorar a parte cardiovascular e prevenir doenças do coração, intestino e articulações.

Bebidas açucaradas por infusão de ervas: para quem não está acostumado com a dieta, começar por águas saborizadas – em que hortelãs ou frutas picadas são misturadas ao líquido – ou infusões – chás naturais – são boas alternativas. Sem açúcar, claro!

(Fonte: Vanessa Castro, nutricionista esportiva em Goiânia)