Você já ouviu falar do Flexitarianismo? Nele, você reduz o consumo de alimentos de origem animal, mas não os corta completamente da sua dieta.
Apesar de o consumo de proteínas ser importante – e a carne ser um dos alimentos ricos nesse macronutriente – estamos consumindo carne demais. A produção total do alimento em 2015/16 está estimada em 26,3 milhões de toneladas e a projeção para o final da próxima década é de 34,1 milhões de toneladas de carne de frango, bovina e suína.
Flexitarianismo
Segundo a nutricionista do centro KDR, Nicole Tixi, comer carne em excesso, especialmente as vermelhas, processadas e ricas em gorduras pode estar associado a doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.
Nem lá nem cá, o flexitarianismo, que é um tipo de “vegetarianismo flexível”, pode ser o começo da mudança de hábitos para reduzir o seu consumo de carnes. A dieta é rica em vegetais, cereais integrais e legumes, mashá a ingestão de carne de maneira controlada.
Essa dieta está se popularizando pelo mundo e já foi publicada no Journal of Obesity and Metabolic Disorders, que recomenda um consumo controlado de carnes.
Parece mais fácil do que cortá-las do seu cardápio, não é mesmo? E, segundo o Instituto Americano de Investigação do Câncer, estima-se que quem segue uma dieta flexitariana pode reduzir em até 40% a chance de desenvolver um câncer.
Conselhos da nutricionista
Embora essa tendência tenha pontos positivos, a nutricionista alerta: “Não se deve cortar por completo nenhum alimento da dieta sem consultar um nutricionista para saber como você irá repor os nutrientes que perderá ao comer carne em menor quantidade, por exemplo.”
A especialista explica que a recomendação geral de proteínas situa-se entre 0,8 g e 2g por quilo em uma pessoa adulta. Isso, em gramas de proteína e não de alimentos ricos em proteínas. Por exemplo, um pedaço de carne de 100g nos dá 30g de proteínas.
Enquanto o flexitarianismo é uma escolha muito boa para comer de forma mais saudável, é importante sempre ingerir a quantidade certa de nutrientes. Por isso consulte um especialista antes de tomar qualquer decisão.
Matéria originalmente publicada no site Activo Chile
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