Principal carboidrato presente no leite, a lactose pode causar diversos tipos de desconfortos em algumas pessoas. Intolerantes à substância podem experimentar sintomas como inchaço abdominal, cólicas, flatulência e gases. Uma das principais alternativas para manter o consumo do ingrediente e não sofrer com os sintomas é recorrer ao leite sem lactose, já encontrado na prateleira da maioria dos supermercados.
A lactose é uma molécula de açúcar formada por dois elos de açúcares: um de glicose e outro de galactose. Para que este açúcar seja absorvido no processo digestório, é necessária a ação da enzima lactase, responsável por fazer esta quebra no organismo. A intolerância à lactose é a falta ou produção insuficiente dessa enzima pelo corpo.
E é justamente esta enzima que é acrescentada no leite normal para que ele possa ser consumido por quem tem intolerância e faz com que o produto ganhe o nome comercial de leite sem lactose.
Quando há falta ou quantidade insuficiente de lactase no organismo, a lactose que sobra fica no intestino sem nenhuma função, sendo fermentada por bactérias do corpo. Essas bactérias provocam cólicas e gases, sintomas característicos da intolerância à lactose.
Muitas pessoas deixam de consumir leite e seus derivados por dois problemas diferentes. Um é a intolerância à lactose, caracterizada pela falta de produção ou produção insuficiente de lactase. Outro é a alergia à proteína do leite de vaca (APLV).
A intolerância à lactose ocorre pela falta ou insuficiência de produção da enzima lactase no processo digestivo, provocando inchaço abdominal, cólicas, gases, flatulência, diarreia, assaduras, náuseas, vômitos, câimbras e, em alguns casos, constipação intestinal.
São justamente as pessoas que apresentam esta condição que podem recorrer ao leite sem lactose como alternativa para continuar consumindo derivados do ingrediente. A eficiência do uso deste alimento, no entanto, varia de acordo com o grau de intolerância.
“Se a quantidade de lactase acrescentada não for suficiente, o indivíduo pode continuar sentindo os sintomas da intolerância à lactose”, explica a nutricionista Carolina Yamin.
A alergia à proteína do leite de vaca é um caso diferente da intolerância à lactose, embora muitas vezes os dois sejam tratados como o mesmo problema.
Ela é caracterizada por reações que o indivíduo tem às proteínas presentes no leite, como a caseína, a alfa-lactoalbumina e a beta-lactoglobulina. Essa alergia provoca cólicas, gases, refluxo, urticária, asma, e ganho ou perda de peso, entre outros sintomas.
Como a alergia é causada por substâncias diferentes da lactose, pacientes que sofrem com este problema não terão benefícios ao consumir o leite sem lactose. Neste caso, a melhor alternativa é buscar leites de outras origens, como os leites vegetais, a maioria deles feita a partir de oleaginosas (castanha, amêndoas, nozes, etc).
O leite sem lactose possui praticamente as mesmas propriedades que o leite comum, como as vitaminas A, B2, B6, B12, fósforo, potássio, zinco, magnésio e tiamina. Seus principais benefícios são:
Fonte
Carolina Yamin Abdelnur – nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca – CRM 47146
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