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É cada vez mais comum encontrar diferentes tipos de leite no supermercado. Derivados de sementes ou cereais, os “leites” vegetais são a nova moda entre os brasileiros. A onda surgiu pelo aumento de intolerantes à lactose, mas vegetarianos radicais, como os vegans, e pessoas em busca do peso ideal também optaram pela bebida de origem vegetal na dieta. Os preços variam, indo do mais barato (soja) ao exorbitante (nozes), mas será que vale investir nesses alimentos a ponto de substituir o leite animal por eles?
A confusão começa pelo próprio nome. Na verdade, o que popularmente se chama de leite vegetal não existe. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), só podemos chamar de leite a secreção proveniente de glândulas mamárias de mamíferos, como vaca, cabra, ovelha, etc. O nome correto para esse tipo de alimento é extrato vegetal.
Apesar de os extratos não conterem o colesterol e a lactose presentes no leite (bom para quem tem intolerância), eles possuem baixo teor de cálcio – principal característica do leite animal. Para quem adota o uso dessas bebidas vegetais em substituição ao leite de origem animal, é importante ver a necessidade de fazer uma suplementação com cálcio ou dar preferência ao uso dos “leites” vegetais enriquecidos com tal micronutriente.
Os extratos vegetais são indicados em situações específicas, como na alergia à proteína do leite de vaca (APLV), situação que o indivíduo tem uma sensibilidade às proteínas existentes nos leites dos mamíferos. No caso da APLV, os sintomas mais frequentes manifestam-se no trato gastrointestinal, respiratório e na pele. As manifestações clínicas incluem urticária, prurido, vômito, diarreia, náusea, dor abdominal, broncoespasmo e constipação intestinal. Os extratos também podem ser utilizados quando o indivíduo apresenta intolerância à lactose, problema que pode culminar em diarreia, gases e dores abdominais.
Para quem não possui esses problemas, o melhor seria consultar um nutricionista para saber qual bebida é melhor. Apesar de conter gorduras, o leite também possui proteínas de excelente qualidade (com todos os aminoácidos essenciais), fontes de cálcio e vitaminas lipossolúveis. Ambas as bebidas têm benefícios, resta saber qual saciará suas necessidades.
Mais barato e fácil de achar, o leite de soja é bem aceito e popular aqui no Brasil e pode ser encontrado em cereais e misturas de sucos de frutas. A bebida é a mais indicada para quem pratica exercícios, já que tem uma quantidade maior de proteínas. Apresenta também vitaminas do complexo B e antioxidantes. Seu consumo deve ser controlado para quem tem alterações na tireóide ou problemas de absorção de alguns nutrientes, como Ferro, Zinco e Cálcio.
Mais saboroso e mais caro, a bebida de amêndoa é mais aromática e saborosa. Apresenta magnésio, cálcio e vitaminas do complexo B. Sua composição mais importante é a Arginina, aminoácido que apresenta um poder de dilatação dos vasos, melhorando a circulação sanguínea.
Barata e de fácil acesso, a bebida de arroz é rica em carboidratos e em vitaminas do complexo B. Pode ser utilizada como um pré-treino, já que seus componentes fornecem energia. Algumas opções industrializadas já são enriquecidas com amêndoas, avelã e outras oleaginosas, que aumentam a concentração de proteína.
Por ter grande quantidade de fibra, é muito indicada para quem tem um funcionamento intestinal mais lento e para quem quer emagrecer. Ela reduz a absorção de açúcares e gorduras, desintoxica o organismo e melhora o quadro de constipação intestinal. Apresenta também boas fontes de selênio e vitamina E, que são poderosos antioxidantes; magnésio, que participa da produção de serotonina; Zinco, fortalecendo o sistema imune e evitando a redução de massa muscular; e vitaminas do complexo B, que aumentam a disposição para a prática de exercícios.
(Fonte: Mariana Doce Passadore, nutricionista e docente do Centro Universitário São Camilo)
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