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Nutricionista esportivo: aliado para um desempenho melhor

Atualizado em 21 de junho de 2021
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A busca dos brasileiros por saúde e qualidade de vida alavancou a profissão de nutricionista nos últimos anos. Um levantamento feito pela Federação Nacional de Saúde Suplementar apontou que houve um aumento de 27% nas consultas a nutricionistas em 2016.

Mas, para quem tem o esporte como um estilo de vida e está sempre em busca de novas metas, o nutricionista esportivo é mais indicado que o nutricionista clínico, já que o primeiro profissional relaciona a modalidade praticada aos aspectos fisiológicos, além de adequar a alimentação e a suplementação.

Embora a graduação dos profissionais dos dois nichos seja a mesma, o nutricionista esportivo tem uma formação complementar, com uma série de especializações, para atender pessoas que praticam atividade física.

O nutricionista tradicional atua de maneira geral em várias áreas da nutrição, combatendo sobrepeso e doenças como diabetes e hipertensão.

Pessoas que praticam esporte com frequência têm necessidades diferentes em relação a quem busca emagrecimento e uma melhor qualidade na alimentação.

O gasto energético é maior, e os níveis de hidratação são pontuais e específicos para cada momento. A disputa de uma maratona, por exemplo, requer cuidados especiais com a hidratação antes, durante e depois a prova.

Com a alimentação e a hidratação corretas – associadas, claro, a um programa de treinamento –, sobem as chances do atleta alcançar os resultados que deseja.

 

 

“É uma área que se desenvolveu pelo crescimento do esporte no Brasil, principalmente as modalidades individuais. Houve um ‘boom’ da nutrição esportiva a partir do momento em que as pessoas passaram a querer cuidar mais da saúde. A nutrição esportiva cuida do impacto do alimento no estresse fisiológico e entende a dinâmica do organismo do atleta. Uma das funções do nutricionista esportivo é recuperar o atleta ao máximo para a próxima sessão de treino ou para o próximo desafio”, diz Mariana Klopfer, formada em nutrição pela USP e diretora clínica da Nutricius – Nutrição Esportiva.

Existem algumas particularidades nas dietas montadas para maratonistas, por exemplo.

Comuns na nutrição funcional, as dietas ricas em fibras podem prejudicar o corredor em alguns momentos.

A ingestão exagerada de fibras pode provocar desarranjos intestinais em treinos exaustivos ou provas longas.

Em contrapartida, as doses de carboidrato são mais generosas, uma vez que o corpo do atleta deve ser “turbinado” com energia.

“Uma das estratégias que o nutricionista esportivo usa é deixar o organismo pronto para o estresse físico. O corpo tem que estar todo voltado para o grau de energia que deve despender para a musculatura. Correr com muitos resíduos no intestino é ruim”, afirma Klopfer.

A supervisão da hidratação do atleta é igualmente importante, garante Klopfer.

Como a perda de líquido e sais minerais é acentuada entre os atletas, os cuidados com a reposição desses nutrientes também passam pelo nutricionista esportivo.

É ele quem aponta a suplementação mais indicada e a quantidade de cápsulas de sal que deve ser ingerida em determinadas ocasiões.