Se algum instituto de pesquisa consultasse a população brasileira para descobrir quais são as resoluções de Ano Novo mais frequentes, perder peso e ganhar mais dinheiro certamente estariam entre as primeiras posições. O Ativo não pode te ajudar a engordar sua conta bancária, mas pode, pouco a pouco, colaborar para que você leve uma vida mais saudável.
Muita gente faz promessas para perder peso. Umas conseguem; outras ficam apenas no desejo. Afinal, fechar a boca não é das tarefas mais fáceis. Mas saber o que te leva a comer mais do que o necessário é um dos primeiros passos para repensar o comportamento e perder os quilinhos que te incomodam.
O Ativo conversou com Roberta Lima, nutricionista da Maratona do Rio, para saber quais são os fatores que te fazem comer mais do que precisa.
“Os carboidratos refinados (pães, farinha branca e açúcar branco, por exemplo) passam pelo processo de refinamento, no qual perdem fibras, vitaminas e minerais. As fibras são responsáveis por aumentar a saciedade e reduzir a velocidade em que o açúcar chega na célula (índice glicêmico).
Sem elas, os níveis de açúcar no sangue aumentam rapidamente, gerando uma sinalização para que o pâncreas aumente a produção de insulina, hormônio responsável por manter o nível de açúcar no sangue estável. Assim, os níveis de açúcar no sangue caem rapidamente, trazendo a necessidade do consumo de mais carboidrato. Esse ciclo vai se repetindo e fazendo com que a sensação de fome nunca acabe.”
“Gorduras insaturadas estão relacionadas ao aumento da saciedade. Boas fontes de gordura insaturada são as oleaginosas (castanhas, nozes e macadâmia), o abacate, o salmão e o óleo de coco.”
“O cérebro e o estômago trabalham juntos para o controle da fome. São necessários cerca de 20 minutos para que o hormônio grelina, responsável por sinalizar a sensação de saciedade, se manifeste. Quando comemos rapidamente e mastigamos pouco, o cérebro não percebe que está satisfeito, provocando o aumento da ingestão calórica.”
“Isso depende muito. Algumas pessoas têm uma tolerância maior ao jejum, conseguindo usar ferramentas para perda de peso, como o jejum intermitente e o aeróbico em jejum. Outras têm uma fome incontrolável quando ficam muito tempo em jejum e acabam ingerindo calorias em excesso quando voltam a se alimentar. É importante consultar um nutricionista e entender qual estratégia se aplica melhor ao seu caso.”
“Nossa relação com o alimento começa quando estamos no útero materno e é afetada pelas emoções. Não só o cheiro do alimento, mas a lembrança que este cheiro desperta, pode aumentar o desejo por aquela comida. Muitas vezes, não comemos por fome, mas, sim, pelo prazer que a ingestão daquele alimento nos traz.”
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