A pimenta é uma iguaria muito apreciada em diversas culinárias. No Brasil mesmo, o tempero não pode faltar nas comidas baianas. Além de realçar o sabor dos alimentos, pode ser uma grande aliada dos corredores que precisam perder alguns quilos. De quebra, melhora a digestão e diminui os níveis de colesterol.
Poder termogênico
Ao ingerir a pimenta, o metabolismo acelera e, como consequência, auxilia na queima de gordura corporal. A pimenta vermelha, por exemplo, é rica em capsaicina, substância que estimula a lipólise (utilização de gordura corporal como fonte de energia). Apenas 3 g (equivalente a uma colhere e meia de chá) por dia são capazes de acelerar a atividade metabólica em 20%.
Diminui o apetite
Uma pesquisa da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, fez um teste: durante seis semana, 25 pessoas – 13 que gostavam e 12 que não gostavam de pimenta – incluíram 1 g (meia colher de chá) na dieta diária. Os cientistas constataram que, além de o metabolismo funcionar de maneira mais acelerada, os voluntários para o estudo passaram a ingerir menos calorias nas refeições.
Em 10 g (cinco colheres de chá) de pimenta encontramos:
– 30% de vitamina C (pimenta murupi);
– 0,59% de cálcio (pimenta malagueta);
– 1,5% de fósforo (pimenta malagueta);
– 6,26% de fibras (pimenta malagueta).
Valores diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal. Podem ser maiores ou menores, dependendo das necessidades energéticas de cada um.
Como consumir?
A melhor forma é incluir às refeições a pimenta fresca. Assim, todos os nutrientes são mantidos. Molho, em conserva, geleia, páprica, desidratada ou dessecada também são boa opções, mas parte dos nutrientes – especialmente as vitaminas – pode ser perdida no processo. Independente da forma, pode ser incluída em pratos quentes, sopas e saladas. De 5 a 10 g (de duas e meia a cinco colheres de chá) por dia é o valor recomendado.
Contraindicações
Não existem dados científicos que comprovem que a pimenta causa úlceras ou outros distúrbios digestivos. Entretanto, nutricionistas recomendam, por precaução, que pessoas com gastrite ou úlcera evitem o consumo excessivo do fruto. Quem tem problemas com hemorroidas também deve ter cuidado, pois pode causar irritação no endotélio, que constitui a camada celular interna dos vasos sanguíneo.
Fonte: Bianca Magnelli, nutricionista esportiva (www.nutricionistaesportivo.com)
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