Muito utilizada em dietas veganas ou vegetarianas principalmente por seu alto teor de nutrientes, a ora-pro-nóbis faz parte do grupo das Plantas Alimentícias Nãos Convencionais (PANCs) e pode ser facilmente encontrada na região Sudeste, principalmente em Minas Gerais.
Com alto valor nutricional e biológico, a Pereskia aculeata – nome científico da planta – é uma grande fonte proteica de origem vegetal e possui a vantagem de ser livre de gorduras saturadas, excessivas nas carnes e maléficas para a saúde.
Como as PANCs podem ser encontradas em terrenos baldios, calçadas e quintais, é preciso tomar algumas precauções antes de consumir a ora-pro-nóbis.
Sua forma desidratada deve ser mantida em um recipiente de vidro vedado em local seco.
Já ela fresca deve ser higienizada com água corrente e deixada de molho por 15 minutos em solução de hipoclorito de sódio. Depois disso, é preciso apenas enxaguá-la, secá-la bem e acondicioná-la em potinhos na parte de baixo do refrigerador.
É também cada vez maior a possibilidade de encontrar a ora-pro-nóbis em feiras orgânicas, já que muitos produtores têm a planta em seus terrenos.
Com alto teor de fibras, a planta ora-pro-nóbis auxilia no funcionamento intestinal e consegue promover maior saciedade, podendo ser utilizada em estratégias de emagrecimento.
Também rica em vitamina C, vitamina A e ferro, ela consegue fortalecer o sistema imunológico, combater os radicais livres e é uma grande aliada contra a anemia.
‘Com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, a ora-pro-nóbis consegue combater os radicais livres que em excesso implicam em várias doenças”, explica o nutricionista Alan Nicolau.
“Eles são capazes de interceptar esses radicais, impedindo um futuro ataque a nutrientes ou células do DNA, por exemplo”, completa.
As folhas e os caules são as partes mais utilizadas da planta na culinária. Ela pode ser adicionada em saladas, refogados para arroz, feijões, sopas, sucos e em massas, como tortas e pães.
Inseridas em dietas vegetarianas ou veganas, a planta pode servir para produzir alimentos que muitas vezes são encontrados no mercado com ingredientes de origem animal, como o macarrão.
“Considerando que 100 gramas de folhas possuem aproximadamente 20 gramas de proteína, parte da necessidade diária poderia ser suprida com a inserção dessa planta na dieta”, explica Lidiane Barbosa, chef de cozinha funcional.
Mas em vez de substituir a planta por todas as outras fontes de proteína, o ideal é adicioná-la junto às outras para balancear toda a dieta.
*Fontes: Diane Eloy, nutricionista, CRN 1310104-7 ; Lidiane Barbosa,
chef funcional; e Alan David Nicolau, nutricionista, CRN 3:52094/P
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