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O pó de guaraná tem como sua maior característica ser um “energético natural”, assim como o café. Entre tantos mitos sobre os alimentos em geral, essa propriedade causa dúvida ao consumir o produto. Será que ele realmente funciona para dar um gás nos treinos e na corrida?
Segundo as nutricionistas Clarissa Hiwatashi Fujiwara e Giovanna Oliveira, a “Paullinia cupana” (nome científico da substância), quando comparada ao café, contém cerca de 40 mg de cafeína por grama e estima-se que o grão de café tenha cerca de 8 mg.
A planta é uma espécie nativa da região amazônica e seus frutos apresentam cor vermelha alaranjada que, quando maduro, abre parcialmente de forma a expor as sementes arredondadas. De sabor ligeiramente amargo e aroma pouco perceptível, é das sementes que se extrai o pó de guaraná.
O Brasil figura praticamente como o único país a produzi-lo em escala comercial, com características únicas. “Seus efeitos benéficos à saúde vêm sendo estudados, sobretudo por grupos de pesquisa no país – muito embora a literatura ainda se apresente relativamente escassa”, acrescenta Clarissa.
Uma série de substâncias, além da cafeína, compõem a semente do fruto. Entre elas estão:
“Para quem faz atividade física, o pó de guaraná pode ser um recurso ergogênico por causa de concentração de cafeína, promovendo o desempenho nos exercícios pelo estímulo ao SNC e melhora na percepção de capacidade física e esforço. Dessa forma, a substância retarda o início da fadiga diante de exercícios prolongados e exaustivos”, explica Clarissa.
A quantidade recomendada do pó depende de fatores que variam de acordo com a pessoa, como idade, peso e o gasto energético. No entanto, como dosagem segura para adultos, a quantidade diária de 0,5 a 2 g é o suficiente. Ou seja, o equivalente a 1 a 4 colheres de café ao longo do dia.
Quanto ao momento de seu consumo, é ideal que seja antes do exercício, cerca de 1 hora antes, com a refeição pré-treino. Nesse caso, orienta-se o acompanhamento da frequência cardíaca durante a sessão de treino, e é contraindicado para pessoas com doenças cardiovasculares, insônia, gestantes, lactantes, entre outros. O pó pode ser misturado à água ou a outras bebidas, como sucos de frutas, vitaminas, smoothies e até iogurtes, já que podem amenizar o sabor amargo do produto.
* Fontes: Clarissa Hiwatashi Fujiwara (CRN3 – 32841), nutricionista membro do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO); membro da American Society for Nutrition (ASN) e coordenadora de Nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HC-FMUSP.
Giovanna Oliveira (CRN3 – 38649), nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca e membro do IBNF – Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional.
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