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Todo ano, nesta época pré-virada do ano, são comuns as promessas de se exercitar mais, perder peso e, para isso se tornar possível, é importante fazer um planejamento adequado. Para o médico ortopedista Cleber Furlan, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, é necessário considerar algumas condições que exigem maior atenção, como pressão alta, diabetes, uma lesão musculoesquelética, osteoarticular, além, claro, de avaliar o sedentarismo e a idade que se encontra o paciente.
Antes de planejar os exercícios, o primeiro passo deve ser se consultar com médicos especialistas, como cardiologista, checar possíveis lesões osteoarticulares ou musculoesqueléticas com ortopedista, ou então acompanhar os enquadramentos hormonal e nutricional. Todos esses exames médicos vão tornar as promessas de final de ano mais adequadas e menos sofridas.
Quanto aos riscos de uma retomada de atividades físicas sem qualquer planejamento ou orientação profissional, deve-se atentar às lesões que podem frustrar os planos para o próximo ano. “Nesses casos, do ponto de vista ortopédico, a gente avalia se o paciente já tem alguma lesão, se tem algum fator de trabalho ou sedentarismo que levou a uma lesão na coluna, a uma tendinite, e então direciona à atividade física”, explica Cleber Furlan.
Muitas vezes, o início com esportes sem impacto, como os realizados dentro d’água, ajudam bastante. Após uma avaliação cardiológica, por exemplo, uma atividade de caminhada inicial já ajuda. Não só isso, como a orientação do educador físico, juntamente à parte médica, possibilita um exercício mais adequado ao paciente que deseja retomar as atividades em 2024.
“Ninguém pode, do dia para a noite, correr uma maratona. Às vezes, é uma maratona para o corpo, que está há muito tempo sem se exercitar, até mesmo uma atividade pequena, de baixo impacto”, alerta o médico especialista.
É comum, ainda, que o uso de academias de musculação sem acompanhamento ou monitoramento de educadores físicos resultem, depois de três a quatro semanas de exercícios, em casos de tendinite ou demais problemas decorrentes de movimentos errados ou impróprios para aquele tipo de corpo, que pode não estar preparado em razão de lesões. Nessa direção, outras pessoas acabam sofrendo fraturas por estresse, não por uma batida ou um trauma, mas por sobrecarga de uma região óssea que, por um excesso de peso ou por pisar errado, acaba pressionando e aumentando o estresse nessas articulações e nos ossos, levando à fadiga e consequente fratura.
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