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Durante o exercício, a liberação de energia na forma de calor e a consequente elevação da temperatura corporal envolvem mecanismos fisiológicos potenciais para promover a perda de calor. No entanto, para que ela ocorra, o “excesso” de calor deve primeiro ser transportado da região central do corpo para a periferia (pele), onde é, então, transferido para o ambiente.
A temperatura do músculo inativo costuma variar entre 33 e 35º C em razão de uma taxa metabólica relativamente baixa e fluxo sanguíneo constante. Consequentemente, o calor é transferido da região central para o tecido muscular durante o repouso.
Com o início do exercício, essa relação sofre algumas mudanças, uma vez que aumenta-se a produção de calor e, assim, causa-se a elevação da temperatura do músculo, conduzindo para um gradiente de temperatura inverso entre musculatura e o sangue arterial.
Então, o calor é transferido do músculo para o sangue e depois para a região central do corpo. Em seguida, o calor é transferido do centro para a periferia, sendo essa transferência determinada pelo gradiente de temperatura entre essas duas regiões.
A capacidade de modular o fluxo sanguíneo periférico, no entanto, constitui um potencial mecanismo de defesa contra a hipertermia.
Uma vez que o calor metabólico é transferido para a periferia do corpo, existem vários meios pelos quais o calor pode ser perdido para o ambiente, incluindo radiação, condução, convecção e evaporação.
A radiação é a perda ou ganho de calor na forma de raios infravermelhos. O corpo humano simultaneamente emite e recebe calor na forma de radiação. Quando a temperatura do corpo é maior que a temperatura do ambiente, uma maior quantidade de calor é emitida do corpo para o ambiente do que do ambiente para o corpo.
Uma pessoa em repouso, quando está em uma sala térmica perde aproximadamente 60% de calor (da perda total de calor) por meio de radiação.
A transferência de calor de um corpo para um objeto (ou vice e versa), ou com uma diminuição orgânica do gradiente termal, é chamada de condução. Em uma sala térmica com temperatura confortável, somente 3% do total de calor perdido pelo corpo ocorre por esse mecanismo.
A transferência de calor via movimento de gás ou líquido é chamada de convecção. Uma pequena quantidade de convecção quase sempre ocorre por causa da tendência do ar ambiente (ou água, no caso de exercícios como natação e hidroginástica) elevar o contato com a pele devido a grande quantidade de calor existente na periferia.
Consequentemente, um indivíduo que está em uma sala térmica de temperatura confortável perde cerca de 15% de calor pela convecção do ar.
Finalmente, a perda de calor por evaporação ocorre por meio da sudorese (suor) e da perda de água por insensibilidade.
A perda de água por insensibilidade compreende a perda de água por meio da ventilação (inspiração e expiração) e difusão, e não existe mecanismo de controle que governa a taxa de perda de água por insensibilidade para a proposta de regulação da temperatura.
A perda de calor por evaporação do suor, pelo contrário, pode ser controlada pela regulação da taxa de sudorese, sendo perdido 3,5L/h de suor em atletas bem treinados.
Em um ambiente controlado, cerca de 25% da perda total de calor é devido à evaporação. Contudo, conforme o que foi apresentado, todos esses percentuais mudam com o início do exercício, especialmente quando a temperatura ambiente é maior do que a temperatura corporal do indivíduo.
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