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Tendinopatia de Aquiles

A principal lesão dos corredores derrubou até heróis da Mitologia Grega…

Atualizado em 17 de novembro de 2020
Tendinopatia de Aquiles
Mais em Por Que Dói

Causas

  • Excesso de peso
  • Qualquer treinamento de alta demanda
  • Pronação ou supinação excessivas
  • Aumento de velocidade e quilometragem nos treinos
  • Excesso de subidas e pouco repouso nos treinos
  • Falta de alongamento, aquecimento e flexibilidade muscular
  • Fraqueza e desequilíbrio da musculatura
  • Desidratação, alimentação incorreta e toxinas no organismo
  • Doenças de base e medicamentos

Sintomas

  • Dor pela manhã ao caminhar, em trotes curtos e depois de repouso
  • Dor ao direcionar o pé para cima (flexão dorsal passiva)
  • Dores no local que não desaparecem após o aquecimento
  • A área torna-se rígida, quente, inchada, avermelhada e dolorosa à palpação
  • Estalidos iguais ao atrito de cabelos entre os dedos (crepitação)

Tratamento

  • Aplicação de gelo
  • Anti-inflamatórios
  • Fisioterapia baseada no fortalecimento muscular excêntrico
  • Correção de anormalidades como pronação ou supinação excessiva
  • Exercícios de propriocepção e massagem
  • Diminuição do ritmo de corrida até a cura completa
  • Imobilização de seis a oito semanas
  • Cirurgia

Prevenção

  • Alongamento dos músculos e tendões da região, antes e depois da corrida
  • Fortalecimento da panturrilha e da face anterior da perna
  • Aumento máximo de 10% na carga semanal de treinos
  • Palmilhas ou calcanheiras (sob orientação médica)

Retorno às corridas

  • Sem dor e inflamação, e após fortalecimento muscular
  • Depois de fortalecer a panturrilha, evitando o esforço do tendão
  • Alongamento dos músculos isquiotibiais (semitendinoso, semimembranoso e bíceps da coxa)
  • Quantificar força e equilíbrio com teste isocinético para alta clínica

Empolgado com seu rendimento, você confunde uma dor atrás do calcanhar com suas queixas musculares, e insiste em correr. O problema aumenta, e num triste dia você experimenta um rompimento do tendão de Aquiles. Os estágios seguintes: dores lancinantes, cirurgias e uma longa recuperação. Mas você pode mudar essa história!

O tendão de Aquiles é um tecido fibroso que liga a musculatura da panturrilha ao calcanhar, responsável por movimentar os pés para baixo. Ganhou esse nome da mitologia grega — por causa da única parte vulnerável do herói das guerras, e a expressão virou sinônimo de “principal fraqueza”. O tendão de Aquiles é o mais exigido. Mesmo capaz de suportar 12 vezes o peso do corpo, o tendão de Aquiles sofre com o impacto provocado pelas corridas, diretamente proporcional à massa corporal e à velocidade do corredor. A pressão maior do que a resistência resulta em irritação, inflamação ou degeneração do tendão. A ruptura espontânea do tendão de Aquiles também é frequente. Ela ocorre motivada pelas chamadas doenças de base (tabagismo, colesterol alto, diabetes, hipertensão) ou medicamentos (anabolizantes, grupos de antibióticos, remédios contra acne).

Como acontece
As lesões de tendão (tendinopatias) incluem tendinites na parte interna e na externa (paratendinite), evoluindo para degenerações (tendinose). O tendão de Aquiles é revestido por uma membrana (paratendão) cuja cicatrização após qualquer ferimento provoca dores quando muito movimentada (paratendinite). A continuidade dos exercícios, com o aumento da temperatura e a flexibilidade do tendão, faz desaparecerem essas dores, mas deixa a cicatriz mais espessa e menos elástica. A insistência do corredor em treinar torna as dores maiores e mais frequentes, e a doença (tendinose aquiliana), gradativa e de longo prazo, enfraquece os músculos da panturrilha. Com a degeneração do tendão, aumenta a possibilidade de rompimento grave. E aí, só com cirurgia.

O diagnóstico da tendinopatia de Aquiles deve ser feito por especialista, e vai da palpação do local a exames de ultrassom e ressonância magnética. Nesse ponto, a atividade esportiva já deve ter sido interrompida. O tratamento analgésico e anti-inflamatório, com fisioterapia, dura até 12 semanas.

Leia a seguir: Síndrome do Piriforme

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