Foi difícil manter a rotina saudável durante esse tempo de isolamento, por aí? Calma, você não está sozinho nessa! Mesmo quem treinou durante a pandemia, sentiu os efeitos da pandemia no treinamento.
É o que mostra um estudo feito com mais de 12 mil atletas, divulgado pela Sports Medicine. O desempenho, a performance e, principalmente, a mente foram afetados pelo Covid-19 globalmente, entre atletas amadores e profissionais.
A pesquisa reuniu as respostas de 12.526 atletas (amadores e profissionais) de 142 países e seis continentes.
A pesquisa sugere ainda que existem grandes problemas de sono e distúrbios psicológicos (por exemplo, estresse, ansiedade, depressão) associados à redução do movimento e das atividades, bem como à redução da interação social durante esse tempo de pandemia.
Além disso, outro estudo recente mostrou que esse ‘ficar em casa’ durante o COVID-19 diminuiu a quantidade de atividade física para todas as intensidades de exercício e aumentou o tempo diário sentado: de 5,31 h / dia antes do confinamento para 8,41 h / dia. Bastante, não?!
Durante o bloqueio, a maioria dos atletas treinava sozinho e focava na saúde geral e bem-estar, em vez de na especificidade do esporte ou disciplina, em parte devido à falta de recursos como espaço, equipamentos, instalações e equipes de apoio multidisciplinar, com tal acesso favorecendo uma classificação mais elevada atletas. E, apesar de todos os atletas, profissionais ou não, relatarem reduções substanciais nas principais variáveis de treinamento (frequência, duração, intensidade, tipo de atividade), todos estavam menos motivados a treinar.
Mesmo assim, práticas “remotas” usando aplicativos, sites, redes sociais foram eficazes para motivar as pessoas a manter a rotina de treinamento, mesmo que reduzido o tempo de prática.
De acordo com o American College of Sports Medicine, o exercício melhora a saúde física e mental na maioria das pessoas, independentemente de seus hábitos de treinamento. Exercícios de flexibilidade, cardiorrespiratórios, de resistência e neuromotores são recomendados para adultos saudáveis de todas as idades. Mas, quanto tempo de atividade física recomenda a OMS?
Os adultos devem acumular pelo menos 150 minutos de intensidade moderada e pelo menos 75 minutos de atividade vigorosa, divididos em 5–7 sessões por semana. Este volume de treinamento pode ser reduzido em 30% para crianças e adolescentes se substituído por um recreio ou brincadeiras ativas dentro e fora de casa.
Além disso, os exercícios devem ser adaptados ao nível de condicionamento do participante e um modelo progressivo de intensidade e volume de treinamento deve ser utilizado, preferencialmente monitorado por profissionais especializados.
Exercícios em casa podem motivar essa volta com mais calma. Que tal começar a caminhar antes de voltar ao ritmo normal? Subir escadas, pular corda, pedalar… E lembre-se: qualquer tipo de atividade tem um efeito positivo sobre a ansiedade, o humor e o bem-estar social e emocional das pessoas.
E aí, está pronto (a) para voltar?
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