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Você costuma usar a esteira como aliada do seu treino? Ela também é um recurso para correr em dias frios, chuvosos ou quentes demais? Realmente, esse é um dos equipamentos mais conhecidos dentro das academias. Mas, por mais simples que possa parecer, existem alguns truques que fazem com que você tire o melhor proveito do seu treino de corrida na esteira. Listamos os quatro principais para que você ganhe rendimento.
O aparelho tem como objetivo principal simular a caminhada ou a corrida na rua. Dificilmente, você fará na rua uma caminhada com o auxílio de algum acessório para lhe ajudar no equilíbrio ou na sustentação da postura. Portanto, o uso do aparelho com apoio das mãos só é aceitável para aqueles que estão iniciando a vivência na esteira ou para mensurar a frequência cardíaca pelos sensores que, geralmente, ficam no apoio da barra frontal.
Se você usa esse apoio constantemente durante o exercício, traz mudanças biomecânicas para o exercício, causando compensações posturais. Isso fará com que a corrida de rua se torne muito mais difícil.
Um exemplo clássico é quando o usuário coloca uma inclinação na esteira, mas, em vez de ajustar a posição do corpo, inclinando-o para frente, continua segurando no corrimão e mantendo a mesma posição de quando a esteira estava sem inclinação. Isso também acontece quando há o aumento da velocidade. Na realidade, ao fazer isso seu treino continua com a mesma intensidade.
Se não conseguir fazer o treino na esteira sem segurar o aparelho, diminua a velocidade e, aos poucos, tente soltar as mãos. No começo pode parecer difícil e até dar tontura, mas com o tempo você se acostuma.
Uma das maiores diferenças entre a esteira e caminhar ou correr na rua é a mecânica da máquina. Enquanto na rua você precisa se impulsionar para frente para a fase final do movimento da corrida, na esteira essa fase de propulsão é facilitada pela lona. Isso acarreta mudanças significativas na mecânica natural da corrida.
O fato de você diminuir a ação do deslocamento à frente tende a fazer com que você salte mais na esteira. Isso resulta em maiores impactos nas articulações do tornozelo, do joelho e do quadril.
Com o avanço da tecnologia e o aprimoramento dos aparelhos celulares, hoje é normal vermos pessoas fazendo o treino na esteira com o celular nas mãos. Isso torna o exercício muito perigoso. Usar o celular ao mesmo tempo em que você corre ou caminha pode fazer com que tropece e (até) caia do aparelho por falta de atenção. Isso acontece também quando você perde o foco por estar assistindo à televisão ou conversando com o colega da esteira ao lado.
Para evitar o problema, basta parar o equipamento ou até mesmo pisar fora da lona enquanto necessita digitar algo importante ou conversar com alguém ao lado, ações que necessitam de atenção.
Fazer treinos de tiros na esteira traz a facilidade de controlar melhor as velocidades, além de mensurar, através dos tempos, como está o seu condicionamento físico. Mas esse tipo de benefício pode confundi-lo. Para quem gosta de fazer treinos por distâncias mais curtas, como 100, 200 ou 300 metros, a esteira não é a melhor opção.
Primeiro porque leva certo tempo até que a velocidade desejada seja alcançada pelo aparelho, e esses segundos preciosos de aumento progressivo pelo motor da esteira podem descaracterizar o seu treino. Segundo porque o fato de você subestimar a fase de saída do antepé da esteira altera a eficiência mecânica desse tipo de treino, que tem como característica a pisada com o antepé quase o tempo todo.
(Fonte: Felippe Norimatsu, professor responsável pelos treinos de corrida na Reebok)
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