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Cinco momentos marcantes dos 40 anos de Ironman

Atualizado em 21 de fevereiro de 2018
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Uma das competições mais desafiadoras do mundo, o Ironman completa 40 anos de criação em fevereiro. Para se tornar um “homem de ferro”, é preciso completar 3,8 km de natação, 180 km de bicicleta e 42,195 km de corrida. Celebrando o aniversário desse triathlon extremo, o Ativo.com separou cinco momentos históricos dos 40 anos de competição.

Cinco momentos marcantes dos 40 anos de história do Ironman

A fundação

Durante um jantar de gala do Clube de Mergulho de Waikiki, no Havaí, o oficial da marinha John Collins iniciou uma discussão com seus colegas: entre corredores, nadadores e ciclistas, qual atleta tinha o melhor condicionamento físico? Sem encontrar uma resposta, Collins e sua esposa, que já eram atletas de triathlon, decidiram mesclar as três provas mais duras da ilha de Waikiki. Assim, em 18 de fevereiro de 1978, o local recebeu o primeiro “Triathlon Ironman Havaiano”.

O rastejo

A prova leva qualquer ser humano ao seu limite físico, e em algumas ocasiões o corpo pode não estar preparado para tanto esforço. Foi o que aconteceu com Sian Welch em 1997. Em terceiro lugar, ela estava quase alcançando o pódio no Mundial de Kona, até que suas pernas pararam de responder e ela desabou de repente. Ela foi ultrapassada por uma competidora logo em seguida e estava sendo seguida de perto por Wendy Ingraham, que também não resistiu ao cansaço e foi ao chão. Os últimos metros de ambas foram rastejando, com Ingraham chegando na quarta posição e Welch na quinta. Confira o vídeo:

 

 

Fernanda Keller: uma carreira histórica

Observando com atenção, percebe-se que a corredora ultrapassando Sian Welch carregava uma bandeira do Brasil. Ela era Fernanda Keller, brasileira que marcou época na modalidade com seis medalhas de bronze em Kona e três títulos do Ironman Brasil. Fernanda, que já posou para a Edição Corpo da Revista O2, também é a única atleta do mundo a completar 22 Campeonatos Mundiais consecutivos, e foi reconhecida como Lenda do Esporte pelo torneio em seu aniversário de 50 anos.

A superação de Valerie Gonzales

Quem duvida que o esporte é para qualquer idade deveria conhecer Valerie Gonzales. A canadense aprendeu os princípios do triathlon já na casa dos 50 anos, e em 2003 competiu no Ironman Canadá, o primeiro de sua carreira. Desde então, ela conseguiu índice para participar em 12 edições do Mundial de Kona e aceitou o convite nove vezes, alcançando até mesmo o segundo lugar de sua faixa etária em 2015. O mais surpreendente é que em 2009 ela foi diagnosticada com tumor no cérebro, mas não parou com o Ironman até o ano passado, quando disputou Kona pela última vez antes de iniciar um tratamento intensivo.

Thiago Vinhal quebra um tabu

Aos 34 anos, o mineiro Thiago Vinhal foi o primeiro negro a competir profissionalmente em Kona. Ele ficou na 13ª colocação em 2017, terminando a prova em 8h27min24s, a melhor marca de um atleta brasileiro masculino na competição. Vinhal começou no esporte por acaso. Era modelo e começou aulas de spinning para ficar com uma aparência mais “trincada”. Logo depois se inscreveu por diversão em uma prova de aquathlon e conseguiu resultados inesperados, superando competidores mais experientes. Depois de ouvir que tinha potencial, ele se envolveu de vez com o esporte e não parou mais, chegando até o campeonato mais almejado por qualquer triatleta do mundo.