Rolou no último domingo o duathlon Powerman Brasil, prova dividida em duas modalidades: sprint, com 5 km de corrida, 30 km de bicicleta e 5 km de corrida; e classic, com 10 km de corrida, 60 km de bicicleta e 10 km de corrida. O evento aconteceu em Indaiatuba, cidade próxima a São Paulo, onde a temperatura chegou a 29ºC durante a disputa.

Participei do sprint, modalidade mais curta e rápida da prova. O percurso de corrida foi relativamente tranquilo, com nenhuma subida. A largada foi em frente ao velódromo da cidade, que fica em uma bela descida.

O momento decisivo nessas disputas e que exige mais atenção é a transição. Após os últimos metros da corrida em elevação, entramos na área de transição: uma descida, com uma curva acentuada à esquerda e um corredor com pouco mais de um metro de largura.

A área de monte (área delimitada para subir na bicicleta) era dentro deste corredor e a poucos metros da descida. Ou seja, após subir na bicicleta você tinha 30 metros para estar já com a sapatilha clipada e preparado para uma curva à esquerda que apontava para a largada.

Passado esse pequeno aperto, o pedal foi para um cenário muito bonito da cidade, passamos por muitas fábricas e pastos, com um céu azul sem fim no horizonte. Mas nem tudo foram flores. Pelo contrário. Subidas com até 640 metros de elevação marcaram todo o percurso – foi sem dúvida a parte mais difícil da prova.

O terror da transição ficou ainda pior na segunda vez, pois precisamos encarar a mesma descida e a mesma curva acentuada à esquerda, mas de bike. Após conseguir entrar no corredor, sobravam 20 metros para desmontar da bicicleta e isto foi bem complicado.

Geralmente, o desmonte é no plano e isso dá um certo tempo para os atletas tirarem as sapatilhas e chegarem ao desmonte já descalço. Isso não foi possível no Powerman Brasil e todos os atletas perderam um pouco de tempo nesse trecho.

A última corrida foi no mesmo percurso da primeira e tudo ocorreu como planejado. A prova é um grande desafio para os atletas e, sem dúvidas, serve como preparação para outras competições de triathlon e duathlon pelo Brasil.

Se pensar em ir para o Powerman Brasil no ano que vem, programe os treinamentos e pedale muito na subida. Isso vai fazer toda a diferença para uma boa prova.

*Por Rodrigo Bueno