CBTri decide nesta terça representante olímpico brasileiro no Triathlon

Atualizado em 20 de setembro de 2016
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por Wagner Araújo

A Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) decide nesta terça-feira nosso representante masculino no Triathlon dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.

No feminino, Pâmella Oliveira já atende aos critérios de classificação da entidade e já está com sua vaga garantida. Entre os homens, o debate deverá ser entre Diogo Sclebin e Danilo Pimentel, embora Reinaldo Colucci também seja elegível.

Vale lembrar que, neste ano, a equipe brasileira só conseguiu abrir uma vaga no feminino, aberta por Pâmella Oliveira; e uma vaga no masculino, aberta por Diogo Sclebin. Assim, não foi necessário recorrer à vaga de país sede dos Jogos.

Ao fim dos dois anos do período de classificação olímpica, Diogo terminou com 2.858,57 pontos, na 45ª colocação. De acordo com os critérios da CBTri, mesmo abrindo a vaga, ele teria que estar entre os 40 primeiros para se classificar automaticamente (como aconteceu com Pâmella). Já Danilo encerrou o período classificatório em 79º lugar, com 1.635,66 pontos. Apesar de ter chegado perto, o atleta não conseguiu abrir mais uma vaga para o país.

Mas, uma vez que Diogo abriu a vaga, por que cogitar o nome de Danilo? Com exceção da WTS Yokohama, última prova valendo pontos para o ranking olímpico, Danilo chegou à frente de Diogo em todas as demais provas de 2016. Assim, a comissão da CBTri precisa decidir entre escolher pela regularidade ou o melhor momento. Mas não pense que as coisas são assim tão simples, pois “O melhor momento” pode considerar também a perspectiva de resultados em agosto, nas Olimpíadas.

Alguns pontos deverão ser avaliados nesta importante decisão:

– Avaliar se Danilo se desgastou demais para tentar a vaga olímpica e por isso Diogo estará mais descansado para competir;

– Avaliar se Diogo pode estar sem ritmo de prova e por esse motivo Danilo chegou à sua frente nas provas citadas acima;

– Saber se a experiência de Diogo Sclebin nos Jogos de Londres 2012 poderá fazer diferença ou se será melhor preparar Danilo para os Jogos de Tóquio 2020.

O que se pode afirmar com certeza é que será uma decisão indubitavelmente complexa e que certamente poderá causar uma sensação de injustiça ao lado que não for escolhido, seja ele qual for.

No quadro abaixo, listamos as provas e melhores resultados dos atletas em Copas do Mundo (WC) e etapas da Série Mundial de Triathlon (WTS) nos últimos 3 anos:

danilo_diogo

Pelas normas da CBTri, os critérios utilizados pela comissão serão os seguintes (sem ordem de prioridade):

– Posição no Ranking Olímpico;

– Resultados obtidos em competições no percurso dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016;

– Resultados obtidos em WTS;

– Perspectiva de performance nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016;

– Desempenho obtido no segmento natação em provas de WTS.

Participam da comissão 5 nomes: Marco Antônio La Porta – Diretor Técnico da CBTri; Homero Cachel – Treinador indicado pela CBTri; Rafael Farnezi – Representante dos Atletas; Fábio da Silva Ramos – Indicado pela Comissão de Treinadores; Rodrigo Milazzo – Indicado pela Comissão de Treinadores.

Ambos atletas lutaram o máximo possível pela classificação e mereciam estar nos Jogos, mas só há uma vaga. Trata-se de atletas de nível muito semelhante e que são, inclusive, amigos. Seja quem for o escolhido, representará bem o país no Rio de Janeiro; seja quem for preterido, poderá sair dessa corrida olímpica com a cabeça erguida por ter feito seu melhor.

Aguardemos a decisão da comissão.