Você acompanhou aqui no Prólogo, durante 11 semanas seguidas, a saga do professor Rubens Santoro, técnico de triathlon da Cia. Athletica, rumo ao Ironman Fortaleza. E agora, passado, uma semana da prova, é a hora do próprio contar como foi a prova.
Recuperado após semanas seguidas de muito esforço, Rubens faz um balanço de sua participação. Entre problemas com a (falta de) organização na natação e até uma queda no ciclismo, o professor terminou a prova, que no fim das contas era o que mais importava. E já está na contagem regressiva para o próximo ano. Confira a seguir a última parte da saga rumo ao Ironman Fortaleza.
“Embarque para Fortaleza na 5ª feira 06/11.
Chegando à cidade, por volta das 14h, a primeira providência foi levar a bike para montar e fazer algum ajuste por causa do transporte. Sempre há uma ou outra coisa que fica para dar uma alinhada ou regulagem e, mesmo que não tenha nada, é melhor garantir. No final do dia ainda deu tempo de fazer um trote leve de 5 km só para soltar as pernas um pouquinho.
Na sexta-feira fiz um treino de natação no mar acompanhado do Marcelo Lima, mais um atleta que faria a prova, e do técnico Anderson Silva da QUARK TRIATHLON. Treino leve só de reconhecimento e adaptação. Mas deu para perceber que o mar não seria fácil.
Sábado foi dia de descanso dentro do possível. Hidratar-se bem, alimentação boa e muito repouso. Não foi a noite ideal de sono, a ansiedade é grande e o horário fica apertado.
Cabe uma observação sobre o local que fiquei hospedado. Apartamento muito bom porém, a localização para quem tem de dormir sem barulho não é das melhores. Estava ao lado do Centro de Eventos Dragão do Mar, um local de eventos de Fortaleza onde acontecemNA shows, tem muitos bares e ações populares. Deveria ter visto antes, isto foi um vacilo meu.
Domingo, dia da prova. Chegada na transição (abertura) às 4h. Deixei as sacolas de comida e fui me concentrar para a prova.
NATAÇÃO (3,8 km)
6h10min, água entre 25ºC – 26ºC. Mar muito difícil e tenso, pois 85% da natação é feita em mar aberto e os outros 15% em local mais abrigado. Muitas ondulações, correnteza e pouca sinalização (boias) da organização. Os staffs ficavam muito longe e não orientaram bem, o que gerou muita dispersão dos atletas. Tenho alguns conhecidos que nadam entre 1h e 1h10min, mas que acabaram nadando entre 15 minutos e 20 minutos acima do tempo. No meu caso deu 20 minutos acima do tempo, acabei fazendo a natação em 1h27min.
TRANSIÇÃO 1
Não perdi muito tempo, pois saí inteiro da água. Realmente foi o tempo de colocar camisa, capacete, óculos, passar muito protetor solar, pegar a bike e sair. Isso deu 6min59s.
CICLISMO (180 km)
Acredito ter respeitado muito as condições do clima na primeira metade da prova (90km). Fui muito conservador e isso ajudou, pois os ventos estavam a 50km/h e a temperatura era de 35ºC. Na segunda volta, quando faltavam cerca de 55 km me envolvi em um acidente. Uma mulher resolveu atravessar a estrada no momento em que estava me hidratando. Bom, me desequilibrei, bati em um cone para não bater na pessoa, e fui para o chão. Fique sendo atendido no local, pois por “sorte” foi na frente dos fiscais que não evitaram a travessia desta mulher. Acabei perdendo uns 15 ou 20 minutos até recomeçar e quando reiniciei, lógico que as dores estavam me limitando. Acabei o ciclismo em 6h38min.
TRANSIÇÃO 2
Assim como na primeira transição, não perdi muito tempo, embora estivesse bem dolorido devido à queda da bike. Novamente, passei muito protetor solar, coloquei o tênis e saí. Isso deu 6min31s.
CORRIDA (42,2 km)
Saí para a maratona com muitas dores nos locais da batida (coxa, glúteos e braço), mas uma coisa carregarei para a vida: o apoio dos espectadores durante todo o tempo da corrida. Isso foi sensacional. A corrida foi feita dentro de um circuito de 14km (3 voltas), o que facilitou um pouco para mim, pois era inteiramente plana. Com a organização excelente, mesmo com muitas dores completei a maratona em 5h.
O tempo de 13h20min está muito longe do meu ideal. Mas o orgulho de ter feito o Ironman, que deve ser considerado como um dos mais difíceis do circuito, está muito bom!!
Ano que vem acredito que vai ter muito mais. Espero poder contar e estar mais acostumado a relatar tudo.
Abraço a todos e até 2015.
Rubens Santoro”.
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