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Após Floripa, cresce motivação de Fabio Carvalho para Kona

Após a introdução do Kona Pro Ranking (KPR), a classificação dos profissionais para o Mundial de Ironman, no Havaí, se tornou uma tarefa hercúlea, obrigando os pretendentes a competir mais, em diferentes partes do mundo. Neste ano, o brasileiro com mais chances de chegar no ranking masculino é Fabio Carvalho.

O atleta Team Bravo se colocou na briga após o excelente sexto lugar no Ironman Florianópolis. Após um período sem competir bem em casa, Fabinho voltou a andar entre os melhores. “É sempre muito bom estar com a família, os amigos e a torcida local, isso até me arrepiava. Acho que ajudou muito no Ironman Florianópolis”, conta Fábio. Mesmo com toda a pressão, a tranquilidade pré-prova foi essencial para que ele pudesse dar o seu melhor no Campeonato Sul-americano de Ironman.

Enquanto um Ironman normalmente vale 2.000 pontos no KPR, a prova do sul do país distribuiu 4.000 pontos. Com o sexto, Fabinho angariou preciosos 1.670 pontos. Ele ainda tem 435 do 4º lugar no Ironman 70.3 Buenos Aires, 220 pontos do Ironman 70.3 Pucón e 135 pontos do Ironman 70.3 Pucón.

©Wagner Araújo

Seu resultado veio, em grande parte, graças ao camp Team Bravo em Mallorca, na Espanha. “Os camps são muito importantes, pois ficamos focados em treinar, comer e dormir. Todos os atletas se ajudaram muito para a melhora de todos, como um verdadeiro time”, conta o atleta.

Foi a primeira boa participação de Fabio em provas de Ironman, como profissional, o que o levou a reprogramar todo o segundo semestre. Com um total de 2.460 pontos atualmente, Fabio está bem próximo de uma das 50 vagas disponíveis. Vale lembrar que não são exatamente os 50 primeiros do ranking que entram, pois muitos desses 50 entram nos critérios de classificação automática. Há basicamente, dois desses critérios: 1. Os campeões em Kona nos últimos 5 anos que completaram uma prova de Ironman; 2. Os 5 campeões regionais: África, América do Norte, América do Sul (Ironman Florianópolis), Ásia-Pacífico e Europeu. Por exemplo, Jan Frodeno só precisaria completar um Ironman para garantir sua vaga, além das 50 disponíveis. Da mesma forma, os campeões continentais, como Brent McMahon no Ironman Florianópolis, garantem a vaga além dos 50 slots.

Fabio ocupa a 63ª posição no KPR, mas, levando essas vagas automáticas em consideração, ele está 57º, bem perto das 50 vagas disponíveis. Como Fabio conta, os técnicos do Team Bravo ficaram muito felizes por ele brigar diretamente em Kona:

“Como vim de um ano péssimo, foi muito bom esse resultado. 2015 foi um ano muito ruim para mim. Treinei muito e competi muito, mas sem resultados. Neste ano, fizemos algumas mudanças fundamentais. Estou feliz com o que alcancei até aqui, mas ainda há muito para melhorar.” Fabio Carvalho

Pensando em Kona, Fabio já está na Europa para enfrentar o Ironman 70.3 Jönköping, na Suécia, no próximo domingo. No dia 24 de julho ele enfrenta uma prova chave para sua classificação para o Havaí, o Ironman Suíça. Fabio busca entrar na primeira lista para Kona, de 40 atletas, que será definida no dia 24 de julho. As 10 vagas remanescentes são disputadas até o dia 21 de agosto, coincidentemente, o último dia das Olimpíadas do Rio 2016.

As expectativas de Fabio para Kona são grandes, pois o triatleta gosta de competir em provas duras e quentes, como a do Havaí: “Quero me classificar para ver como será meu desempenho em Kona. Costumo me sobressair no calor e queria mais um Ironman no calor aqui na América do Sul, como Fortaleza, que agora é só para amadores. A Suíça foi minha escolha porque eu posso me sobressair no pedal nas montanhas da região.

Em 2015, o último atleta a se classificar, o norte-americano Justin Daerr, conseguiu a vaga com 3.440 pontos, o que mostra que Fabio está bem perto de se juntar ao clube de brasileiros classificados no Havaí após a introdução do Kona Pro Ranking. Desde então, apenas Igor Amorelli, Guilherme Manocchio e Ariane Monticeli, no feminino. Após o fatídico acidente do início do ano, Igor está na 107ª posição, com 1.410 pontos, pouco atrás de Frank Silvestrin, o 104º com 1.505 pontos. Guilherme Manocchio é o 116º, com 1.305 pontos (ainda sem completar um Ironman, requisito para a classificação).

Entre as mulheres, a briga é mais complicada, pois trata-se de apenas 35 vagas. Ariane Monticeli é a 37ª, com 4.335 pontos. Ela também competirá no Ironman Suíça, onde deve sacramentar seu ticket para o Havaí. Em 2015, a última atleta se classificou com 4.060 pontos, marca que também pode ser alcançada por Mariana Andrade, atualmente na 63ª posição com 2.330 pontos. Mariana também compete na Suíça, onde está em um training camp. Que o Havaí se pinte de verde e amarelo novamente.

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