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Race Report Campeonato Brasileiro de Triathlon 2016, por Rafael Farnezi

A capital paraibana sediou mais uma vez o Campeonato Brasileiro de Triathlon, prova marcada por águas agitadas, ciclismo muito técnico com trechos de subidas e corrida plana. A disputa em João Pessoa foi um verdadeiro teste de resistência para os atletas, por conta do forte calor.

Nosso colunista Rafael Farnezi participou da prova, que foi muito elogiada pelos atletas por conta da ótima organização e das desafiantes condições do percurso proposto. Ele conquistou a 1ª colocação na categoria 30-34 anos e foi o 4º melhor amador na prova. Acompanhe abaixo seu relato de como foi a disputa pelas primeiras colocações entre os amadores.

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Ao entrar no mar para me aquecer antes da largada, já percebi que a natação não seria fácil, pois como a maré estava baixando e o vento estava forte, o mar se agitou muito. Além de ondas fortes e muito frequentes. a corrente estava muito forte. Ficou claro que conseguir me manter junto aos primeiros seria decisivo, As chances de um quebra de grupo com grande diferença de tempo de um para outro seria imensa e poderia estragar todo o restante da prova, por se tratar de uma competição com vácuo liberado no ciclismo.

Levando em consideração tudo isso, procurei me posicionar próximo aos que já sabia serem os bons nadadores. O primeiro grupo estaria ali, pois se não largasse junto a eles, dificilmente conseguiria encontra-los na água, durante a natação.

A buzina tocou e todos correram em direção ao mar para os 1.500m em uma volta. Foi uma natação muito difícil, com muita briga por espaço nos primeiros 400m. A correnteza dificultou nadar em linha reta, pois jogava os atletas que estavam nadando ao meu lado em cima de mim. Confesso não me lembrar de ter apanhado tanto como nessa prova! As condições estavam tão ruins que não consegui ler a prova e entender se estava bem posicionado em momento algum, optei por tentar manter a melhor técnica no estilo e não diminuir o ritmo.

Nadando para a última boia, o grupo no qual eu estava errou muito a orientação e preferi seguir minha intuição e ir direto, sem acompanhá-los. Foi uma atitude acertada, pois com isso consegui virar a última boia junto de Nicholas Cruz e assim fomos até completar a natação, com o grupo que puxava logo atrás.

Apenas um atleta saiu na nossa frente, Jefferson da Silva, que fez a melhor natação do dia e conseguiu uma vantagem de 40″, mas depois de uma rápida transição, eu, Nicholas, Fader Muller, Renato Dantas e Leandro Ferreira formamos um pelotão e logo na primeira volta, que foi realmente muito forte, conseguimos alcançar o líder, que entrou no pelotão e ajudou bastante a manter um bom ritmo. Confesso que o mar muito mexido me deixou um pouco tonto e com uma sensação de fraqueza. A primeira volta da bike, para mim, foi bem difícil, mas depois o ritmo foi encaixando melhor, a sensação ruim causada pelo mar agitado foi passando e consegui me manter junto ao pelotão.

Atrás de nós se formaram grandes pelotões, mesmo com uma vantagem relativamente boa, por se tratar de um pelotão muito grande e com ótimos ciclistas, não podíamos aliviar muito, já que a possibilidade de sermos alcançados era bem grande. Conseguimos manter um ritmo consistente até o fim das 5 voltas de 8km. O percurso era muito técnico, com várias curvas, tanto abertas como fechadas, muitas retomadas, subidas e uma em especial muito íngreme com um final ainda mais inclinado e em curva fechada. Sem dúvida, foram 40km que serviram para testar as habilidades de todos que ali estavam.

Consegui fazer uma ótima transição e com isso fui o primeiro a iniciar os quentes 10km de corrida. Sabia que tinha junto a mim excelentes corredores e não demorou muito, menos de 500m, para ser ultrapassado por Nicholas, Dantas e Fader. Concentrei em manter meu ritmo, pois sabia que exagerar logo na primeira volta, debaixo do sol que fazia, era muito arriscado.

Nicholas fez a melhor corrida do dia, correu muito bem do inicio ao fim, abriu grande vantagem e o resultado não podia ser diferente, foi o Campeão geral amador da prova com o tempo final de 2h05’18”. Ele fez a 6ª melhor corrida do dia, incluindo a categoria elite e sub23, seu tempo foi de impressionantes 33’17”. Dantas, como de costume, também fez uma excelente corrida e foi o 2º melhor amador da prova com 2h06’32”. Eu e Fader corremos juntos por boa parte do percurso e, no último km, ele abriu uma pequena vantagem que foi suficiente para garantir a 3ª colocação geral da prova com 2h09’01”, fui o 4º com 2h09’11” e Leandro Ferreira foi o 5º com 2h10’13”.

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