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Race report Ironman Lanzarote, por Marcos Faria

Atleta experiente, com passagem por Kona e 9h16min em Floripa, Marcos Faria enfrentou o duríssimo Ironman Lanzarote, no último fim de semana. Melhor brasileiro na prova, ele fechou na 23ª colocação na 35-39 e o 132º lugar geral. Ele conta como foi a aventura nesse race report:

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A prova aqui é especial, sem dúvidas. Organização muito boa, simples e eficiente. A natação acontece paralela à praia, o que a torna mais segura. São duas voltas e largam todos juntos, como deve ser em toda prova, em minha opinião. A água estava muito fria, assim o neoprene foi liberado. O mar apresentou pouca correnteza, mas muito vento, o que gerou o tempo todo, em um cenário muito parecido com Fortaleza.

©Ironman.com

A melhor parte é, sem dúvida, o ciclismo. O vento aqui, para se ter uma ideia, é constante, na casa dos 25 a 30km/h, com rajadas muito fortes que fazem a bike balançar o tempo todo. Apesar de ser permitido o uso de rodas fechadas, não recomendo, a menos se for um ciclista muito experiente.

Logo na saída da natação, a primeira montanha, sempre com vento contra e frio. Isso faz a média despencar. Em comparação com Kona, sem dúvidas, o vento aqui é mais forte. São nada menos do que 2550m de elevação acumulada, o que torna a prova ainda mais desafiadora. Em comparação a Florianópolis… não há comparação! Floripa é bom para estrear na distância, mas se você quer algo realmente desafiador, venha para Lanzarote.

Tenho visto muitos atletas se preparando para Floripa treinando em grupos, já imaginando que na prova será a mesma coisa. O vácuo é um problema sem solução porque muitos atletas já vão para a prova com essa intenção. Para vir para Lanzarote, prepare-se muito, mas muito mesmo. Para se ter uma ideia, até o km 140 eu estava com 27.4 de média no ciclismo. Fechei com 30.3km/h de média e 5h53min nos 178km (2 km a menos). A maratona é relativamente plana, com 350m acumulado. A sensação é totalmente diferente, pois você já começa a correr totalmente desgastado dos ventos e das subidas.

Se fosse fazer uma análise profunda, diria que não há comparação com a prova em Florianópolis, em nada, a não ser a distância. Comparando com Kona, Lanzarote é mais difícil, porém com menos calor.

Gostaria de ver alguns atletas aqui, principalmente os que quebram as 5h no ciclismo em Floripa; e os atletas que dizem que correr a 4’/km na maratona é fácil. Eles teriam uma surpresa e, provavelmente, se sentiriam com eu, na melhor prova da minha vida!

Marcos Faria

 

 

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