No ano de 2012, as Olimpíadas já estavam 100% imersas nas redes sociais. A grande maioria dos triatletas atuais já acompanhava o esporte e muitos se lembram das grandes provas, tanto no masculino quanto no feminino.
Naquele ano, o Brasil teve três atletas presentes: Reinaldo Colucci, Diogo Sclebin e Pâmella Oliveira, esses dois últimos nossos representantes no Rio 2016.
Todos os olhos estavam na fortíssima equipe britânica, tanto no masculino quanto no feminino: Alistair Brownlee, Jonathan Brownlee, Stuart Hayes, Helen Jenkins, Vicky Holland e Lucy Hall. O espanhol Javier Gomez, que perdeu a medalha em 2008, foi em sua melhor forma para tentar desbancar os atletas locais. No feminino, Helen Jenkins era a favorita, mas o desenrolar da competição a tirou do pódio.
Três atletas marcaram presença em todas as quatro primeiras edições do Triathlon nos Jogos: Hunter Kemper (EUA), Simon Whitfield (CAN) e a alemã Anja Dittmer.
No dia 4 de agosto, as 55 melhores triatletas da distância olímpica estavam no famoso Hyde Park para enfrentar 1.500m de natação, 40km de ciclismo e mais 10km de corrida. A largada no parque real foi na Serpentine, em um platô especialmente construído para a competição. O belo percurso de ciclismo passava por pontos turísticos londrinos, como o Palácio de Buckinhgam, o Arco Wellington, a Constitution Hill e a Birdcage Walk.
Ombro a ombro, passada a passada, as melhores mulheres disputaram até o fim as medalhas em jogo. Duas se destacaram nos metros finais: a suíça Nicola Spirig e a sueca Lisa Norden. Elas fizeram a chegada mais apertada do Triathlon nas Olimpíadas, que só foi decidida após o “photo finish”. Por centímetros, Spirig sagrou-se campeã, apenas algumas semanas depois de ter vencido um Ironman 70.3. Foi a segunda medalha de ouro de seu país no Triathlon, já que Brigitte McMahon venceu em Sydney 2000.
Parcialmente decepcionada, parcialmente feliz, Lisa Norden fez a prova de sua vida para levar a primeira medalha sueca no Triathlon. Completou o pódio a australiana Erin Denshan, que correu à frente das adversárias por boa parte dos 10km finais. Denshan manteve a tradição australiana de medalhas no feminino em todos os Jogos desde que o esporte estreou em Sydney 2000.
Todos ainda têm claro na memória a queda de Pâmella Oliveira no ciclismo. Após uma ótima natação, a brasileira estava em uma fuga, que tentava aumentar a diferença para o grupo onde estava Spirig e Norden. Em uma das curvas molhadas e escorregadias do percurso, a brasileira foi ao chão, mas prontamente se levantou e seguiu na prova. Mesmo com muitos arranhões, Pâmella completou a disputa na 30ª colocação. No mesmo ponto caíram a medalhista de bronze em Pequim Emma Moffatt (AUS – que não completou) e a italiana Annamaria Mazzetti.
A hoje favorita Gwen Jorgensen (EUA), à época com muito pouca experiência, teve que se contentar com um modesto 38º lugar. Sarah True (EUA), que também estará no Rio, foi a quarta, com Jenkins em 5ª, Andrea Hewitt (NZL) em 6ª e Ainhoa Murua 7ª, todas em um intervalo de cerca de um minuto.
Até Londres, nenhum atleta que venceu o evento-teste para as Olimpíadas havia ganhado também as Olimpíadas em si. Mas a “maldição” acabou quando Alistair Brownlee, com incríveis 29’07” nos 10k finais (isso ainda diminuindo nos metros finais), conquistou o ouro em casa. Um campeão mundial e favorito finalmente conquistava o ouro do olimpo.
Apenas 11 segundos depois, o espanhol Javier Gomez conseguiu a medalha que perdera em Pequim 2008, com uma corrida não menos impressionante: 29’16”. O bronze também foi para a família Bronwlee, para o completo delírio da torcida britânica. Jonathan Bronwlee, mesmo com uma penalização de 15 segundos no início da corrida, também marcou uma corrida digna de nota: 29’37” nos 10km finais da prova. Mais um atleta correu abaixo dos 30 minutos: o francês David Hauss fechou a etapa final em 29’53”, na quarta colocação geral. O quinto colocado foi Laurent Vidal, que acabou falecendo em 2015 após uma série de ataques cardíacos.
Dia difícil para os brasileiros em Londres. Reinaldo Colucci terminou na 36ª posição, e Diogo Sclebin estreou nas olimpíadas com o 44º lugar. O canadense Simon Whitfield, duas vezes medalhista olímpico (ouro em Sydney e prata em Pequim), acabou caindo no ciclismo e abandonando a prova. O medalhista de ouro em Pequim Jan Frodeno (ALE) cruzou a linha na sexta colocação.
Que venham os Jogos do Rio 2016!
> Resultados completos de Londres 2012
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