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O descanso é uma peça fundamental para nossa vida. Ele favorece a nossa saúde, regula nosso estado mental, contribui para nosso bem-estar geral e até impulsiona nossa longevidade. Assim, não poderia ser diferente quando pensamos no contexto da prática esportiva. Na verdade, investir no descanso é essencial para quem faz exercícios físicos, especialmente para aqueles que correm. Isso vale tanto para atletas amadores quanto profissionais.
Descansar o corpo, dormir e acalmar a mente estão diretamente implicados num melhor rendimento esportivo”, aponta Warlindo Neto, médico do esporte do Vita Ortopedia.
Por mais que algumas pessoas prefiram treinar a descansar, é importante ter em mente que esses momentos de “pisada no freio” ajudam a fortalecer o corpo e até colaboram para que tenhamos mais disposição para continuar treinando. E a resposta para isso é simples: o descanso induz a recuperação do nosso organismo após o treino ou prática física.
De forma geral, os exercícios (tanto musculação quanto uma corrida) causam pequenas lesões em nossos tecidos corporais, principalmente nos músculos. Para corrigir essas lesões, as fibras musculares entram em ação, causando o crescimento da massa muscular – que conhecemos como hipertrofia.
E para que esse processo funcione da melhor forma, sem deixar brecha para que as lesões permaneçam e levem a um estresse metabólico, o descanso é a melhor saída. Ou melhor: é muito necessário! É ele que vai garantir a regeneração do nosso corpo para que ele esteja mais forte e preparado para os próximos treinos ou provas.
“Após um ciclo de treinos (alguns dias da semana, por exemplo), há a necessidade de o organismo construir uma reparação de músculos e tecidos envolvidos no exercício. E a recuperação plena pode dar o efeito de super compensação, ou seja, o indivíduo treina, descansa e desempenha melhor 24 a 48h após o último estímulo intenso”, esclarece o médico Warlindo Neto.
O médico do esporte explica que, enquanto a pessoa se exercita numa intensidade alta, o organismo está em catabolismo (quebra). Quando o descanso entra em ação, ele ajuda a construir (anabolismo), para reparar o equilíbrio fisiológico e proporcionar evolução nas cargas do treino.
“Para uma melhor construção, além de um bom sono, vai também a dica de uma alimentação e hidratação adequadas. A ‘dose’ de cada um desses itens será individualizada, mas o que vale para todos é: evitar consumo de álcool, não abrir mão do carboidrato pós-treino, especialmente após treinos intensos, e ter uma planilha de treinos que contemple estímulos intensos, leves e descanso”, conclui.
É importante compreender que descansar não é, necessariamente, o mesmo que ficar parado. Isso porque, após uma jornada intensa ou de longa duração na semana, um treino regenerativo pode ser usado como “descanso”. No caso dos corredores, esse treino pode envolver uma caminhada ou atividades de baixa intensidade, que podem ser feitas até mesmo em outras modalidades, como natação e pilates. Outra indicação muito utilizada é a chamada “corrida de recuperação”, ou treino regenerativo, que consiste em percorrer uma distância menor que o habitual e em um ritmo menos intenso. Mas para que o treino regenerativo seja realmente eficaz, é fundamental contar com a orientação de um profissional.
“É importante o corredor saber suas faixas de treino e limites fisiológicos. Um dos mais práticos é baseado no percentual da frequência cardíaca máxima (FCMax) estimada para o indivíduo. Fazer um treino correndo abaixo de 65% da FCMax é considerado regenerativo. Se na sua planilha de treino tem uma sessão de treino leve, respeite. Ele está ali não é à toa”, finaliza Warlindo.
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